Whose Lifestyle is it Anyway? Alternative economic approaches to the study of consumption

Abstract

Este artigo assenta no princípio de que para se compreender o comportamento do consumidor é preciso aceitar que os as pessoas não são autónomas, mas interdependentes. O autor começa por abordar a questão de uma forma muito teórica e tributária de Marx. Analisa o que designa por relações sociais de consumo, distinguindo entre consumo simples, complexo e generalizado. A análise concentra-se, em seguida, nos esforços que ultimamente os economistas têm feito para reconhecer e ponderar a interdependência do comportamento do consumidor, acabando o autor por apresentar uma proposta de modificação do modelo de Lancaster, ao mesmo tempo que introduz o conceito de “efeitos estilo de vida”. Finalmente, segue-se uma abordagem mais corrente que utiliza dados empíricos sobre o consumo de cerveja no Botswana para mostrar a forma como geralmente os economistas analisam o comportamento do consumidor.

Cet article se fonde sur l’idée que pour comprendre le comportement du consommateur, il est nécessaire de supposer que les individus ne sont pas autonomes mais interdépendants. L’auteur commence par une approche très théorique, provenant d’une extension des travaux de Marx. Il examine ce qu’il nomme les relations sociales de consommation, et distingue la consommation simple, la consommation complexe et la consommation généralisée. Il étudie ensuite les tentatives récemment menées par divers économistes pour reconnaître et prendre en compte le phénomène d’interdépendance dans le comportement du consommateur et propose une modification du modèle de Lancaster en introduisant le concept d’”effets style de vie”. Dans un troisième temps, une approche plus standard est adoptée et des données empiriques sur la consommation de la bière au Botswana sont utilisées pour figurer la manière dont, normalement, les économistes étudient le comportement du consommateur.

This paper is based on the view that in order to understand consumer behaviour it is necessary to assume that individuals are not autonomous but interdependent. The author begins with a very theoretical approach, derived by extension from Marx. He examines what he calls the social relations of consumption, and distinguishes between simple consumption, complex consumption and generalised consumption. Next he examines attempts made by economists in recent years to recognise and take account of interdependence in consumer behaviour, and proposes a modification to the model of Lancaster, introducing the concept of “lifestyle effects”. Thirdly, a more standard approach is adopted, and actual empirical data on beer consumption in Botswana are used to indicate how economists normally study consumer behaviour.