Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316.2/27382
Title: | Eros e identidade nas Suplicantes de Ésquilo | Authors: | Fialho, Maria do Céu | Keywords: | Aeschylus’ Suppliants;Eros;marriage;identity;Greek/Barbarian;Suplicantes de Ésquilo;Eros;casamento;identidade;Grego / Bárbaro | Issue Date: | 2012 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | Este artigo analisa as causas e elementos constitutivos das tensões trágicas,
sobretudo as razões do repúdio violento das Danaides pelos seus perseguidores,
os filhos de Egipto. O público identifica o impulso dos Egípcios como uma
manifestação típica do poder de Eros, tal como a poesia grega, desde Homero,
canta a força selvagem de Afrodite-Eros. Mas as vítimas de Eros, num contexto
grego e civilizado, submetem-se ao seu poder e lamentam a sua sorte – mas
nunca tentam dominar pela força o estímulo das suas afeições, o seu amado. Os
Egípcios, ao identificarem a sua paixão com o direito de subjugar pela violência as
mulheres que desejam, não têm em conta nem a vontade das Danaides nem do seu
pai, Dânao, senhor da sua própria casa. Não respeitam nem as instituições, nem a
natureza, porque o amor e o modo de conquistar a atenção de uma pessoa amada
implica um processo particular de abordagem e sedução. O comportamento das
Danaides, ao repudiarem, radicalmente, o casamento, é hibrístico; por seu lado o
comportamento dos Egípcios pertence, como é óbvio, a um padrão não grego – e,
por isso, são apelidados pelas Danaides de hybristai, como sinónimo de bárbaros.
Ao mesmo tempo que as Danaides se afirmam como gregas, não se dão conta da
sua ascendência comum, grega / divina. This paper analyses the causes and constitutive elements of the tragic tensions, mainly the reasons for Danaids’ violent repudiation of their suitors, the sons of Egypt. The audience identifies the Egyptians’ impulse as a typical manifestation of the power of Eros in the way that Greek poetry, since Homer, sings of the wild force of Aphrodite-Eros. But Eros’ victims, in a Greek, civilized context, suffer under his power and complain about their fortune – they never try to dominate by force the object of their affections, the loved one. The Egyptians, by identifying their passion with the right to dominate the desired women by violence, do not take into account either the Danaids’ will or the will of their father, Danaos, lord of his own house. They neither respect institutions nor Nature, because love and the way to win the attention of the beloved person implies a particular procedure of requesting and seducing. The Danaids’ behaviour, as far as they reject marriage at all, is hybristic; the Egyptians’ behaviour belongs to an obvious non-Greek pattern – so are they characterized by the Danaids, who call them hybristai, in this context almost a synonym of Barbarian. Simultaneously the Danaids assert themselves as Greek, aware of their common Greek/divine ascendancy. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/27382 | ISSN: | 2183-1718 | DOI: | 10.14195/2183-1718_64_3 |
Appears in Collections: | HVMANITAS |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
humanitas64_artigo3.pdf | 424.66 kB | Adobe PDF |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.