Poder paradigmático da auto-representação: um exemplo do exercício do poder biográfico

Abstract

Estudo comparativo de três textos biográficos da autoria de Egas Moniz (1874‑1955). Reflexão e análise. Egas Moniz ilustrou este jogo biográfico tomando por objecto figuras da ciência e das humanidades, próximos e afastados. Dos 34 ensaios de carácter biográfico que recenseámos, publicados entre 1924 e 1955, escolhemos os primeiros três, consagrados, respectivamente, a Júlio Dinis, ao Abade de Faria, e a Camilo Castelo Branco, publicados entre 1924 e 1925. Esta abordagem isola uma das componentes de «poder biográfico», que consiste na evocação da vida e obra de terceiros para fins diversos