Primavera e Inverno da Filologia Românica

Abstract

The genealogy of disciplinary knowledge taught in the universities and its relevance to the history of scientific paradigms. The rise of a new “positivity of philology” (Foucault) within the modern episteme, and the constitution of modern philologies after the model of classical philology. Nineteenthcentury philology and its ideological connections to Romantic nationalism and European colonialism. The comparative historical method of Franz Bopp and the establishment of Romanic Philology. Academic development and cultural dissemination of Romanic Philology at German universities and European universities. The institutionalization of Romanic Philology at the Faculty of Arts and Humanities, University of Coimbra. Carolina Michaëlis de Vasconcelos and her concept of philology as Wortphilologie. Causes for the decline of philology. The development of linguistics as an autonomous academic discipline. The need for the “return” of philology in the framework of a new interdisciplinary approach involving linguistic studies and literary studies. Philology and its linkages with linguistics, hermeneutics, literary history, theory of literature and comparative literature.

A genealogia dos saberes disciplinares professados nas Universidades e a sua relevância para a história dos paradigmas científicos. A emergência no epistema moderno de uma nova «positividade filológica» (Foucault) e a constituição das filologias modernas, segundo o modelo da filologia clássica. A filologia oitocentista e as suas hipotecas ideológicas relativamente ao nacionalismo romântico e ao colonialismo europeu. O método histórico- -comparativo de Franz Bopp e a criação da filologia românica. O desenvolvimento científico e a irradiação cultural da filologia românica nas Universidades alemãs e nas Universidades europeias. A institucionalização da filologia românica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Carolina Michaëlis de Vasconcelos e o seu conceito de filologia como Wortphilologie. Causas do declínio da filologia. A autonomização científico-disciplinar da linguística. A necessidade do “regresso” da filologia, no quadro de uma nova interdisciplinaridade entre os estudos linguísticos e os estudos literários. A filologia e as suas articulações com a linguística, a hermenêutica, a história literária, a teoria da literatura e a literatura comparada.