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https://hdl.handle.net/10316.2/35600
Title: | Da bio-dominação ao etho‑domínio | Authors: | Soto, Luís G. Martínez Quintanar, Miguel Ángel |
Keywords: | bio‑politics;ethics;philosophy;Foucault;Debord;bio‑política;ética;filosofia;Foucault;Debord | Issue Date: | 2014 | Publisher: | Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Filosóficos | Abstract: | Sob os rótulos bio‑dominação
e etho‑domínio,
refletimos acerca do
poder na sociedade ocidental contemporânea: quais são as suas formas, como é exercido,
quais são os seus efeitos nos indivíduos, considerados como simples elementos
componentes de populações (bio‑dominação);
e, além disso, examinamos a possibilidade
de reverter essas situações (etho‑domínio).
Na nossa análise, seguimos algumas indicações que encontramos no pensamento
de Foucault e no de Debord. Das últimas obras de Foucault, tomamos a noção de
poder, que ele entende como poder de vida, integrado por disciplinas e dispositivos,
um poder muito diferente do tradicional poder de morte (a violência e a ideologia
nas suas formas tradicionais). Da obra de Debord, tomamos a noção de espetáculo,
que é hoje uma mistura de espetáculo e comunicação. Pela nossa parte, chamamos
esta mistura “sémio‑política”:
o poder dos signos, quer dizer, poder exercido através
de signos. Em nosso entender, bio‑poderes
e sémio‑poderes
são os poderes característicos
e essenciais da sociedade ocidental contemporânea.
Defendemos a hipótese de que esse poder, ao mesmo tempo que submete os
indivíduos e também quando organiza e gere populações, dissemina possibilidades
de os sujeitos‑atores
converterem‑se
em sujeitos‑autores:
opções e ocasiões para
que aqueles que estão sujeitos cheguem a ser sujeitos. Por outras palavras, a bio‑dominação
pode ser convertida num etho‑domínio.
A filosofia, na nossa opinião,
pode e deve ter um papel muito importante nessa transformação. This paper examines power in contemporary Western society, and in particular in what are the forms it takes, how it is exerted, and what are the effects it has on individuals, which are considered as simple elements of populations. The paper also considers what is the possibility this situation being reverted. In order to carry out our analysis, we follow some suggestions that we find in Foucault and Debord. From Foucault’s late works, we take his notion of power, which can be understood as power of life and can be constituted by means of disciplines and devices, which is very different of the traditional power of death (violence and ideology in their traditional forms). From Debord’s work, we take his notion of spectacle, that is nowadays a mix of spectacle and communication. We call this mix “semio‑politics”: power of signs, that is, power exerted through signs. In our view, bio‑powers and semio‑powers are the proper and essential powers of contemporary Western society. Our hypothesis is that when this power subdues individuals, as well as when it organises and administers populations, it also disseminates possibilities of empowerment, which are options and occasions in which individuals‑actors turn into individuals‑authors. In other words, bio‑domination can be reversed into etho‑dominance. Philosopy, in our opinion, can play and ought to play an important role in this transformation. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/35600 | ISSN: | 0872-0851 | DOI: | 10.14195/0872-0851_45_4 |
Appears in Collections: | Revista Filosófica de Coimbra |
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