Educação sexual e património pessoal e cultural: a crise e a crítica; a doxa e o paradoxo

Abstract

As sociedades são sementeiras de vida com sentido e estas fornecem o metacapital da cultura e os constituintes que moldam a ordem social. Este estudo enfatiza a Educação Sexual como marcada por crises pautadas por discursos da transformação, algo da ordem dos comportamentos e não como corporificação de instituições panópticas de vigilância e doutrinação quotidianas, articulando-a ao património pessoal e cultural. Onde ficaram as opções de escolhas, de decisão e valoração do desejo? A sexualidade exercitada é promessa de liberdade? Nos desafiamos a realizar a crítica à racionalidade moderna e aos sentidos evocados, situando as perplexidades no último quartel do século XX.

Les sociétés sont semences de vie avec un but et fournissent le metacapital de la culture et les éléments qui forment l’ordre social. Cette étude accentue l’Éducation Sexuelle comme étant marquée par des crises réglées par des discours de la transformation, quelque chose de l’ordre des comportements et pas comme la concrétisation des institutions panoptiques de vigilance et de doctrines quotidiennes, l’articulant au patrimoine personnel et culturel. Où sont les options de choix, de décision et valorisation du désir? Est-ce qu’une sexualité exercée est la promesse de la liberté? Nous défions à faire la critique à la rationalité moderne et aux sens évoqués, situant les perplexités dans le dernier quart du XXe siècle.

Societies are seeds of life with a purpose and they provide the metacapital of culture and the elements which mould social order. This study emphasizes Sexual Education as being marked by crisis filled with speeches of transformation, something in the order of behaviours and not as the embodiment of panoptical institutions of vigilance and day-to-day doctrines, articulating it with personal and cultural patrimony. Where were the options of choices, decisions and valuing of desire left? Is an exercised sexuality the promise of freedom? We challenged ourselves to apply criticism to modern rationality and the senses invoked, situating the perplexities in the last quarter of the 20th Century.