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https://hdl.handle.net/10316.2/36438
Title: | La crise de la paix et les racines de la guerre: le déficit interprétatif de la modernité | Other Titles: | A crise da paz e as raízes da guerra: a insuficiência interpretativa da modernidade The crisis of peace and the roots of war: the interpretative deficiency of modernity La crise de la paix et les racines de la guerre: le déficit interprétatif de la modernité |
Authors: | Contogeorgis, Georges | Keywords: | Peace;War;Democracy;Cosmo-State Ecumenical;Statocentrism;Paix;Guerre;Démocratie;Cosmo-état Oecuménenique;Statocentrisme;Paz;Guerra;Democracia;Cosmo-Estado Ecuménico;Estatocentrismo | Issue Date: | 2010 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | A minha intenção é construir
uma certa problemática
sobre as raízes da guerra e
consequentemente sobre o fracasso
da paz. Esta abordagem
implica o esboço do âmbito
conceptual e, na ocorrência,
a tomada em consideração
do contexto no qual se
desenvolveu a nossa época.
Desde o início do período
moderno, vários intelectuais
propuseram uma certa reflexão
sobre as condições
do estabelecimento de uma
“paz perpétua”. Elaboraram
até sistemas utópicos como
reacção às guerras sangrentas
que agitaram o Continente
Europeu ao longo dos últimos
séculos. Trata-se de avaliar o
impacto das hipóteses que
foram desenvolvidas sobre
a causa da guerra em geral
assim como sobre a respectiva
filiação dos regimes políticos
– por exemplo da democracia
– que foi avançada no âmbito
desta problemática. O meu
argumento é que a guerra
é inerente à constituição
estatocêntrica do mundo
que corresponde quer ao
cosmosistema despótico quer
à primeira fase do cosmosistema
antropocêntrico global.
Neste âmbito, a guerra é mais
adequada aos sistemas que
favorecem o desenvolvimento
humano do que aos sistemas
fechados. Mas a paz perpétua apenas pode acontecer
com a chegada do período
ecuménico do cosmosistema
antropocêntrico, ou seja na
comospólis/no cosmo-Estado.
Esta chegada não depende
da nossa vontade mas da
evolução do cosmosistema
antropocêntrico. Este ponto
de vista obriga-nos a reconsiderar
as certezas gnoseológicas
da nossa época assim como o
fundo do fenómeno histórico,
ou seja elaborar o projecto
de um novo século das luzes
para além da nova ideia de
sociedade que inclui o sentido
social, político, económico e
do mundo planetário. Mon intention est de monter une certaine problématique sur les racines de la guerre et donc sur l’échec de la paix. Cette démarche implique l’esquisse du cadre conceptuel et en l’occurrence la prise en compte du contexte dans lequel c’est développé notre époque. Du début de la période moderne un certain nombre d’intellectuels ont proposés une certaine réflexion sur les conditions de l’établissement d’une «paix perpétuelle». Ils ont même élaborés des systèmes utopiques à titre de réaction contre les guerres sanglantes qui ont secoue le Continent européen pendant les derniers siècles. Il s’agit d’évaluer la portée des hypothèses qui se sont développés sur la cause de la guerre en général, ainsi que sur l’affiliation correspondante des régimes politiques – par exemple de la démocratie – qui a été avancé dans le cadre de cette problématique. Mon argument est que la guerre est inhérente à la constitution statocentrique du monde qui correspond soit au cosmosystème despotique soit à la première phase du cosmosystème anthropocentrique global. Dans ce cadre la guerre est plus adéquate aux systèmes qui favorisent le développement humain qu’aux systèmes clos. Mais la paix perpétuelle ne peut pas avoir lieu qu’avec l’avènement de la période oecuménique du cosmosystème anthropocentrique, à savoir dans la cosmopolis/cosmo-État. Avènement qui ne dépend pas de notre propre volonté, mais de l’évolution du cosmosystème anthropocentrique. Cet optique nous oblige à reconsidérer les certitudes gnoséologiques de notre époque ainsi que le fond du phénomène historique, en un seul mot d’élaborer le projet d’un nouveau siècle des Lumières et au-delàs d’une nouvelle idée de société qui inclurait le sens du social, du politique, de l’économie, du monde planétaire. My intention is to construct a certain problematics on the roots of war and consequently on the failure of peace. This approach implies outlining a conceptual scope and, in the occurrence, taking into consideration the context in which our period developed. Since the beginning of the modern period, various intellectuals proposed a certain reflection on the conditions of the establishment of a “pe rpe tua l pe a c e” . Eve n elaborating on utopian systems as a reaction to bloody wars which agitated the European Continent during the last centuries. It is about evaluating the impact of the hypothesis developed regarding the cause of war in general as well as of the respective affiliation of political regimes – for example of democracy – which was advanced in the scope of this problematic. My argument is that war is inherent to the statocentric constitution of the world which corresponds to the despotic cosmosystem or to the first phase of the global anthropocentric cosmosystem. In this scope, war is more adequate to systems which favour human development rather than closed systems. However, perpetual peace can only happen with the arrival of the ecumenical period of the anthropocentric cosmosystem, thus, in cosmopolis/ in cosmo-State. This arrival does not depend on our will but on the evolution of the anthropocentric cosmosystem. This point of view makes us reconsider the gnoseological certainties of our time as well as the background of historic phenomenon, thus, elaborating the project of a new century of lights beyond the new idea of society which includes the social, political, economic and planetary world. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/36438 | ISSN: | 1645-3530 1647-8622 (digital) |
DOI: | 10.14195/1647-8622_10_15 |
Appears in Collections: | Revista Estudos do Século XX |
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