Uma incursão no jornalismo português no Verão Quente de 1975

Abstract

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o exercício do jornalismo e da política era uma espécie de espaço Schengen, no qual uns e outros circulavam e se exprimiam sem problemas de identidade. Com as nacionalizações, na sequência do 11 de Março de 1975, os discursos ideológicos assumem um papel de primeira grandeza. Num tempo marcado pela intervenção e acção política, os jornais foram, igualmente, actores desses dias conturbados, onde não havia espaço para a neutralidade e independência.

Apràs la Revolution du 25 avril 1974, l'exercice du journalisme et de la politique était une sorte d'espace Schengen, clans lequel les uns et les autres circulaient et s'exprimaient sans problèmes identitaires. Après les nationalisations, à la suite du 11 mars 1975, les discours idéologiques ont assumé un rôle de tout premier ordre. À une époque marquée par l'intervention et l'action politique, les journaux furent, aussi, des acteurs de ces jours agités, ou il n'y avait pas d'espace pour la neutralité et l'independance.

Following the Revolution of 25 April 1974, exercising journalism and politics was a son of Schengen space, where there was free movement for both and they could express themselves freely without endangering their identity. In the wake of nationalisations, after 11 March 1975, ideological discourses are widely favoured. In an age which featured political intervention and action, newspapers were the players in these troubled days, where there was no room for neutrality and independence.