O público e o novo cinema português

Abstract

No manifesto colectivo Ofício do Cinema em Portugal (1968), uma espécie de relatório elaborado e assinado por 20 nomes de proa do então designado novo cinema português, os signatários garantiam que o reconhecimento do seu cinema passava obrigatoriamente pela reconquista do público cinéfilo que se afastara dos filmes portugueses nas décadas anteriores. O presence texto procura conhecer os principais momentos da relação entre o Novo Cinema Português e o público de cinema em Portugal desde o período em que António Ferro desempenhava as funções de principal responsável pela política cultural do regime e a "tomada de poder" da nova geração cinéfila nas vésperas do 25 de Abril de 1974.

Dans le manifeste collectif Ofício do Cinema em Portugal (1968) (Office du Cinéma au Portugal), une sorte de rapport élaboré et signé par 20 noms reconnus de ce que l'on désignait alors par nouveau cinéma portugais, les signataires garantissaient que la reconnaissance de leur cinéma passait obligatoirement par la reconquête du public cinéphile qui s'était éloigné des films portugais lors des décennies précédentes. Ce texte cherche à connaître les principaux moments de la relation entre Le Nouveau Cinéma Portugais et le public du cinéma au Portugal, depuis la période où António Ferro exerçait les fonctions de responsable principal de la politique culrurelle du régime et la "prise de pouvoir" de la nouvelle génération cinéphile à la veille du 25 avril 1974.

Under the collective manifest Ofício do Cinema em Portugal (1968), a son of report drafted and signed by 20 illustrious figures of Portuguese cinema of the time, the signatories assured that the acknowledgement of cinema could only be achieved by reconquering its audience which had been drawn away from Portuguese films in previous decades. The present text seeks to understand the core moments of the relationship between New Portuguese Cinema and its audience since the period when António Ferro was the main person in charge of the cultural policy of the regime and the "mise en charge" of the new film generation on the eve of 25 April 1974.