A ação diplomática de Pedro Gonçalves de Malafaia na libertação do Infante D. Pedro de Aragão (1432): antecedentes e significados

Abstract

Portugal, tendo mantido uma paz vigilante com Castela no período 1411-1431/1432, tornara-se então um bom aliado, agindo como apaziguador dos graves problemas que assolavam a paz interna castelhana. Portugal apresentava-se, assim, em posição privilegiada, devido às boas relações com a Coroa de Aragão, pelos casamentos da família real. Tendo em consideração o quadro político que se desenhava, D. João I não hesita em enviar a Castela o seu diplomata, Pedro Gonçalves de Malafaia, que, muito seguramente, salvaguardando os interesses do rei, terá atuado segundo os cânones diplomáticos do Infante D. Duarte. Durante as negociações esse plenipotenciário demonstra uma grande cautela e segurança e apresentase como mediador desprendido de laços de amizade, dando desta forma mostras de uma firme isenção de interesses em relação aos beligerantes.

Portugal, by maintaining a climate of peace with Castela, in the 1411-1431/1432 period, became a good ally, acting as a reliever of the serious problems which were plaguing the Castela’s inner peace. Portugal was presented in a privileged position due to the good relations with the Crown of Aragon, over patents in weddings among the royal families. Considering the policy Framework D. João I, did not hesitate to send his diplomat Pedro Gonçalves de Malafaia to Castela, which, most likely, by safeguarding the interests of king, acted in accord to the diplomatic canons of Infant D. Duarte. During the negotiations, that plenipotentiary showed a great caution and assuredness, and was presented as a mediator disconnected of friendship, leading to a showing of a solid exemption of interests in relation to the belligerents.