Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/38243
Title: A leitura Heideggeriana do Tratado Aristotélico do tempo: um “Caso” de fenomenologia
Other Titles: The Heideggerian reading of Aristotle's Treatise on time: a phenomenological case
Authors: Cardoso, Libanio
Keywords: Heidegger;Aristotle;Time;Temporality;Transcendence;Heidegger;Aristóteles;Tempo;Temporalidade;Transcendência
Issue Date: 2015
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/38234
Abstract: In Being and Time, of 1927, Martin Heidegger states that temporality (Zeitlichkeit) is the ontological sense of the entity that we are, the “Being‑there” (Dasein). Also in 1927, on the second part of the course Basic Problems of Phenomenology, he states that the being of the Being‑there is the ontological difference itself. These positions are connected with the “understanding of being”, determination according to which a pre‑thematic comprehension of being enables dealing with entities, i.e., the sense of effectiveness of a world. It is, therefore, the scheme of transcendence, such as this philosophy comprehended it. This is formulated in three brief theses: (a) the understanding of being isn’t something that an entity does or accomplishes, but it is the condition of projection where the entities and the being get meaning; (b) the ontological difference isn’t a real or mental distinction, but the irruption of the understanding of being as being‑in‑the‑world; (c) whereas a Projection, the understanding of being shall have the structure of the temporality. To enlighten the connection between these items, our paper follows the Heideggerian reading of the “conceptual fixation” of the vulgar conception of time, which to Heidegger is found on Physics IV 10‑14. A conception of time related to movement and grounded on the now would point out that Aristotle wouldn’t have seen the connection between time and temporality, what implies being projected into the oblivion of the nexus between ontological difference, understanding of being and being‑in‑the‑world. Thus, transcendence would remain veiled such as, warded by the categorical considerations and of causes. What is expected is to begin the discovery of a way of reading that allies the ontological‑speculative capacity to the background thesis of the oblivion of the ontological difference.
Em Ser e Tempo, de 1927, Martin Heidegger afirma que a temporalidade (Zeitlichkeit) é o sentido ontológico do ente que somos, o “ser‑ aí” (Dasein); também em 1927, na segunda parte do curso Problemas Fundamentais da Fenomenologia, afirma que o ser do ser‑aí é a diferença ontológica mesma. Essas posições têm conexão com a “compreensão de ser”, determinação segundo a qual uma compreensão pré‑temática de ser possibilita a lida com entes, isto é, o sentido da vigência de um mundo. Trata‑se, pois, do esquema da transcendência, tal como essa filosofia a compreendeu. Isto se formula em três teses breves: (a) compreensão de ser não é algo que um ente faz ou realiza, mas a condição do projeto em que recebem sentido os entes e o ser; (b) diferença ontológica não é uma distinção real ou mental, mas irrupção da compreensão de ser como ser‑no‑mundo; (c) enquanto Projeto, a compreensão de ser deve ter a estrutura da temporalidade. Para esclarecer a conexão entre esses itens, nosso escrito acompanha a leitura heideggeriana da “fixação conceitual” da concepção vulgar de tempo, que para Heidegger se encontra na Física IV 10‑14. Uma concepção do tempo relacionada ao movimento e fundada no agora indicaria que Aristóteles não teria visto a conexão entre tempo e temporalidade, o que implica ter sido projetado no esquecimento do nexo entre diferença ontológica, compreensão de ser e ser‑no‑mundo. Assim, a transcendência permaneceria velada enquanto tal, tutelada pelas considerações categoriais e das causas. O que se espera é iniciar a descoberta de um modo de ler que alia a capacidade especulativo‑ontológica à tese de fundo do esquecimento da diferença ontológica.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/38243
ISBN: 978-989-26-1048-1
978-989-26-1049-8 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1049-8_9
Rights: open access
Appears in Collections:A Filosofia Transcendental e a sua crítica

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