Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/38283
Title: Desemprego jovem e auto perceção de saúde mental
Authors: Barros, Pedro Pita
Matias, Maria Ana
Moura, Ana
Issue Date: 2015
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/38274
Abstract: During the Great Recession, youth unemployment reached, in Portugal and in Europe, historically high values. The youth unemployment rate in Portugal reached 34,8%, twice the value of the general population. A natural question is the impact on the mental health of the young of this high unemployment rate, and ask whether, or not, this is a vulnerable group requiring specific attention from public policies. Taking advantage of the SMAILE survey, which covers about 1500 individuals in the Lisbon region, we compute a mental health and vitality scale that is present in the literature. Relating this scale with personal characteristics and with the employment situation suggests a negative impact on mental health from the economic crisis (measured at the individual level by the concern with daily expenditures). We also find a positive gradient associated with schooling (better mental health for those that had more years of schooling completed) and a more important gradient of schooling in the young unemployed (defined as unemployed aged equal or less than 35 years). Moreover, this specific gradient is negative: mental health associated with youth unemployment is lower the higher the level of schooling. In quantitative terms, this effect is substantially larger than any of the other effects found. This mental health vulnerability of young unemployed should motivate joint policies addressing unemployment and mental health specifically designed for this age group.
Na recente crise económica, o desemprego jovem atingiu, em Portugal e na Europa, valores historicamente elevados. A taxa de desemprego entre os jovens atingiu os 34,8%, o dobro do observado na população em geral. Uma questão natural é qual o efeito sobre a saúde mental nestes jovens, e saber se constituem um grupo a necessitar de atenção particular. Utilizando o inquérito SMAILE, cobrindo cerca de 1500 indivíduos da área de Lisboa, foi calculada uma escala de saúde mental e vitalidade, recolhida da literatura científica. O confronto desta escala com as características pessoais e de situação perante o emprego permitiu concluir que houve um impacto negativo relevante da crise económica (avaliada pela preocupação com as despesas diárias) sobre a saúde mental, que existe um gradiente positivo associado com anos de escolaridade (melhor saúde mental para quem possui mais anos de escolaridade) e uma grande importância do gradiente de escolaridade nos desempregados jovens (idade igual ou menor a 35 anos). Este gradiente específico é negativo: a saúde mental associada com o desemprego jovem tem menor valor na escala usada quanto maior for o nível de escolaridade. Em termos quantitativos, este efeito é substancialmente mais elevado que qualquer um dos outros efeitos mencionados. A vulnerabilidade encontrada deverá motivar políticas conjuntas de promoção do emprego e da saúde mental neste grupo etário.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/38283
ISBN: 978-989-26-1105-1 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1105-1_9
Rights: open access
Appears in Collections:Território e saúde mental em tempos de crise

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