Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/38779
Title: O conflito das filosofias do sujeito e a dimensão narrativa da autocompreensão
Other Titles: The conflict between the philosophies of the subject and the narrative dimension of self‑understanding
Authors: Judas, Manuel Luís
Keywords: Attestation;narrative identity;sameness and selfhood;atestação;identidade narrativa;mesmidade e ipseidade
Issue Date: 2016
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/38776
Abstract: Standing before the conflict between the philosophies of the subject, a subject exalted by Descartes and humiliated by Hume and Nietzsche, Paul Ricoeur proposes the concept of 'attestation', primarily understood as attestation of oneself, that is, trust in the capacities to speak, to act, to tell the story of one’s life and to take responsibility for one’s actions. These and other capacities, such as memory and promise, are the ones that allow us to know our real identity. Unlike the substantial identity of things or animals, this is a dynamic identity. Because it never stops to build and rebuild itself throughout time, answering the question "Who?" requires, first of all, telling the story of a life. Time and narrative are, therefore, essential to the work of reflection on the subject, acting and suffering, which implies mentioning the Augustinian experience of time and the Aristotelian theory of intrigue. As a temporal representation of the vicissitudes of the concrete subject’s actions, narrative is the ablest form of rationality to accommodate the diversity of his experiences and evaluations, the 55 complexity of his dreams, motives and projects. Narrative identity is between two figures of permanence in time – sameness and selfhood – gathering, simultaneously, both the permanence of character and self-maintenance throughout life.
Perante o conflito das filosofias do sujeito, exaltado por Descartes e humilhado por Hume e Nietzsche, Paul Ricoeur propõe‑nos o conceito de «atestação», entendido fundamentalmente como atestação de si‑mesmo, ou seja, confiança nas suas capacidades de dizer, de agir, de narrar a história da sua vida e de assumir a responsabilidade dos seus atos. São estas e outras capacidades, como as da memória e da promessa, que nos permitem conhecer a sua verdadeira identidade. Esta não é, como a das coisas ou dos animais, uma identidade substancial, mas antes, uma identidade dinâmica. Porque não deixa de fazer‑se e refazer‑se ao longo do tempo, responder à questão «Quem?», exige, antes de tudo, contar a história de uma vida. O tempo e a narrativa são, por isso, essenciais ao trabalho de reflexão sobre o sujeito, agente e sofredor, o que implica recorrer à experiência agostiniana de tempo e à teoria aristotélica da intriga. Como representação temporal das peripécias da ação do sujeito concreto, a narrativa é a forma de racionalidade capaz de acolher a diversidade das suas experiências e avaliações, a complexidade dos seus sonhos, motivos e projetos. A identidade narrativa situa‑se entre duas figuras de permanência no tempo – a mesmidade e a ipseidade – reunindo, simultaneamente, a permanência do caráter e a forma da manutenção de si próprio ao longo da vida.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/38779
ISBN: 978-989-26-1090-0
978-989-26-1091-7 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1091-7_3
Rights: open access
Appears in Collections:Ricœur em Coimbra: receção filosófica da sua obra

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
o_conflito_das_filosofias_do_sujeito_e_a_simens_o_narrativa_da_autocompreens_o.pdf548.07 kBAdobe PDFThumbnail
  
See online
Show full item record

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.