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https://hdl.handle.net/10316.2/39673
Title: | Os pais da pátria liberal | Other Titles: | The fathers of the liberal land | Authors: | Catroga, Fernando | Keywords: | Liberal revolution;vintismo;neo-Roman republicanism;despotism;absolutism;catonism;civic virtue;founding myths;civil religion;patriotism;fatherland;natural right;historicism;regeneration;decadence;revolução liberal;vintismo;republicanismo neo-romano;despotismo;absolutismo;catonismo;virtude cívica;mitos de fundação;religião civil;patriotismo;pátria;direito natural;historicismo;regeneração;decadência | Issue Date: | 2008 | Publisher: | Centro de História da Sociedade e da Cultura | Abstract: | Perante as revoluções liberais europeias e americanas dos séculos XVIII
e inícios de Oitocentos, temos por certo que será mais operativo caracterizá-
-las como sendo filhas de movimentos de inspiração patriótica, do que, como
anacronicamente não raro acontece, do nacionalismo. Entre os indícios que
podem corroborar esta perspectiva, encontram-se as designações a que os
seus protagonistas recorreram, já que toda a linguagem transporta consigo
visões do mundo e não é politicamente neutra. E impressiona, desde logo,
a sobrevivência das referências a figuras e a fontes da Grécia e sobretudo
de Roma. Ora, reduzir a sua utilidade à retórica será não perceber que elas,
miscigenadas não só com as suas actualizações modernas europeias, mas
também nacionais, ajudavam a repensar os elos que deviam existir entre
a ética e a política, bem como a definir qual o caminho histórico a seguir,
mormente quando, como foi o caso exemplar da Revolução Liberal de 1820,
as invocações arquetípicas estavam sobredeterminadas pela urgência de se
refundar a pátria decaída. Daí, a relevância que conferimos à análise do modo
concreto como funcionou, dentro desta estratégia, a voga de se atribuir aos
artífices da queda do absolutismo os antigos cognomes de “Pais da Pátria”,
em ordem a que igualmente se possa perceber como é que a herança do
Olimpo cívico do classicismo foi recebendo a crescente companhia dos
eleitos para o Eliseu nacional em construção. It is our belief that it is more constructive to describe the European and American liberal revolutions of the 18th century and early 19th century as the descendents of patriotic movements rather than to see them as movements of nationalist inspiration, as anachronically often happens. The evidence corroborating this view includes expressions used by the players in such movements, since their language is not politically neutral and conveys images of the World. What is most impressive is the references to figures and sources of Ancient Greece and particularly Rome. Restricting their use to rhetoric is to not understand that, blended with both their modern European and national updates, they helped to rethink the ties that should exist between ethics and politics, and to trace the historical path in which to follow, particularly when – as was the case of the Liberal Revolution of 1820 – the archetypical invocations were rooted in the need to refound the fallen fatherland. This is why we lend such importance to analysing how, under this strategy, the trend to call the devisers of the fall of absolutism the “Fathers of Our Land” developed, so that we may understand the manner in which the heritage of Classical civil Olympus grew in the company of the those who were elected to the national Elysium in construction. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/39673 | ISSN: | 1645-2259 2183-8615 (digital) |
DOI: | 10.14195/1645-2259_8_7 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | Revista de História da Sociedade e da Cultura |
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