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https://hdl.handle.net/10316.2/40667
Title: | Cristãos-novos da cidade de Viseu e a devassa inquisitorial: entendimentos sobre uma comunidade específica (sécs. XVI- XVII) | Other Titles: | New-christians of Viseu and the inquisitorial inquest: understandings on a specific community (16th and 17th centuries) | Authors: | Cordeiro, Maria Teresa Gomes | Keywords: | New-christians;Viseu;inquisition;clientele system;exodus;Cristãos-novos;Viseu;inquisição;sistema clientelar;êxodos | Issue Date: | 2016 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | Nos finais de Quatrocentos, após a conversão forçada das minorias religiosas em território nacional, prosperava na cidade de Viseu uma certa comunidade que descende do velho credo mosaico. Muitos tinham vindo de Castela, beneficiando da regularidade dos fluxos pela raia. Dotados de singular aptidão para o saber e para a ciência, revelando históricas capacidades de pragmatismo e adaptação, ocupam uma posição central na geografia e dinamismos locais, como rendeiros, físicos e advogados, proprietários rurais mas, sobretudo, mercadores transfronteiriços. Guiadas por uma ética singular fundada na preservação da memória, estas famílias conversas participam num equilíbrio mais
geral, estruturado no sistema clientelar do
tempo e por isso transversal a cristãos-novos
e velhos. Porém, a emergência de novas
dinâmicas de poder e lógicas integracionistas
sacodem violentamente a cidade e alteram
a equação de forças em que se ancorava a
vida em comunidade. A devassa inquisitorial
irá afetar profundamente os ritmos e a
sobrevivência do seu núcleo central, às voltas
com acusações heréticas. Uns sucumbem
na prisão, outros pelo fogo ou pelo garrote.
Muitos fogem, tentando salvar a vida e a
fazenda. A cidade sofre irremediavelmente
pela sangria de gente que lhe acrescentara
vigor mas nem por isso supera o estigma do
“sangue impuro”. By the late 1400’s, after the forced conversion of religious minorities in Portuguese territory, within the city of Viseu still thrived a specific community that drew its ancestry from old mosaic law. Many of its members had arrived from Castille benefiting from regular borderland flows (between Portugal and the now Spain). Apt for knowledge and science – revealing historical traits towards adaptation and pragmatism – they will place themselves in a central role regarding local geographical dynamics, either as tax collectors, physicians, lawmen, landowners or most important yet international merchants. Guided by singular ethics – anchored on the preservation of memory – these converse families take part of a wider equilibrium, structured by the periods clientele system and common to new and old Christians. However, the rise of new integrational logics and power dynamics will violently shake the city and the equation of forces at play. The inquisitorial interference will profoundly alter the rhythms and survival of the converse community’s central core, “distracted” with accusations of heresy. Some will succumb in prison, others by fire or garrotte. Many flee, attempting to save both their lives and their wealth, resulting in the loss of those that added to Viseu’s vigour but were never able to surpass the stigma of “impure blood”. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/40667 | ISSN: | 0870-4147 2183-3796 (digital) |
DOI: | 10.14195/0870-4147_47_3 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | Revista Portuguesa de História |
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