Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/41348
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dc.contributor.authorGodinho, Jacinto
dc.date.accessioned2017-04-19T13:57:14Z
dc.date.accessioned2020-09-08T11:39:05Z-
dc.date.available2017-04-19T13:57:14Z
dc.date.available2020-09-08T11:39:05Z-
dc.date.issued2017-
dc.identifier.isbn978-989-26-1323-9
dc.identifier.isbn978-989-26-1324-6 (PDF)
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316.2/41348-
dc.description.abstractApesar de ser considerada, entre os jornalistas, como a “arte nobre do jornalismo”, a reportagem tem sem dúvida um estatuto menor no painel das narrativas modernas, especialmente se a compararmos com as mais relevantes categorias da literatura (novela, conto, poema,) do cinema (filme, documentário) do teatro ou da música (ópera), por exemplo. Não que a reportagem seja uma narrativa menor (apesar de nos últimos anos ter vindo a ceder espaço nos media para o comentário), mas porque, ecoando Foucault, nas formações discursivas de cada época constitui-se uma escala de valores entre saberes originada a partir do jogo do poder. A cultura não celebra as reportagens e os seus autores da mesma forma que as ficções literárias e cinematográficas distinguidas com prémios de visibilidade planetária como o Nobel ou os Oscar. Fora do campo jornalístico não há reportagens que façam história, que figurem nos livros de escola. Em busca de estatuto, alguns repórteres tornam-se autores de livros de ficção. Outros publicam as suas reportagens em livros. Para muitos destes jornalistas o treino de escrita de reportagem é assumido, com orgulho, como um patamar essencial para se tornarem escritores, ou seja, praticam a reportagem como etapa antes da literatura. Mas não deveria ser antes o oposto, ou seja, o ensaio livre da literatura como antecâmara para a difícil, complexa e muito responsável escrita do real? Justifica-se, portanto, iniciar esta reflexão analítica com a pergunta já antes formulada por Elisabeth Eide em What novels can do, and journalism can not? ou seja o que conseguem as novelas que o jornalismo não consegue? Uma outra forma de colocar o problema é questionar por que dizemos normalmente “a minha vida dava um filme” e não dizemos “a minha vida dava uma reportagem”. Porque nunca conseguiram os repórteres ter lugar nos panteões da cultura se a matéria das suas histórias é a vida real e tantas vezes o alimento dos romancistas? Como resolver o paradoxo de o jornalismo e de o poder mediático serem centrais no espaço público moderno e mesmo assim não conseguirem “fazer ver e fazer falar” (Deleuze, 1986) as suas melhores obras na história?por
dc.language.isopor-
dc.publisherImprensa da Universidade de Coimbrapor
dc.relation.ispartofhttp://hdl.handle.net/10316.2/41340por
dc.rightsopen access-
dc.subjectReporteng
dc.subjectjournalismeng
dc.subjectliteratureeng
dc.subjectfictioneng
dc.subjectlegeineng
dc.subjectReportagempor
dc.subjectjornalismopor
dc.subjectliteraturapor
dc.subjectficçãopor
dc.subjectlegeinpor
dc.titleA minha vida não dava um filme: ensaio de desconstrução da reportagem entre a literatura e o jornalismopor
dc.title.alternativeMy life is not like a movie; essay on descontruction of reporting between literature and journalismeeng
dc.typebookPartpor
uc.publication.firstPage183-
uc.publication.lastPage202-
uc.publication.locationCoimbrapor
dc.identifier.doi10.14195/978-989-26-1324-6_7-
uc.publication.sectionImprensa e Narrativapor
uc.publication.digCollectionPBpor
uc.publication.orderno7-
uc.publication.areaArtes e Humanidadespor
uc.publication.bookTitleNarrativa e Media: géneros, figuras e contextos-
uc.publication.manifesthttps://dl.uc.pt/json/iiif/10316.2/41348/204690/manifest?manifest=/json/iiif/10316.2/41348/204690/manifest-
uc.publication.thumbnailhttps://dl.uc.pt/retrieve/11065949-
uc.publication.parentItemId54676-
uc.itemId68953-
item.fulltextWith Fulltext-
item.grantfulltextopen-
Appears in Collections:Narrativa e Media: géneros, figuras e contextos
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