La historia en tiempos de revolución: la nación y las regiones en la consolidación del Estado liberal en España (1843-1868)

Abstract

Durante o reinado de Isabel II (1843-1868), na época em que se verificou a consolidação da revolução liberal em Espanha, a historiografia conheceu um impulso extraordinário, relacionado tanto com a mentalidade romântica da época como com as necessidades de legitimação do novo Estado liberal e nacional. Não existiu, contudo, um consenso generalizado entre aqueles que então elaboraram um discurso global sobre o passado da nação. A interpretação maioritária, ligada ao "moderantismo" e à agenda centralizadora do Estado, seria contestada por outras perspectivas ideológicas - tanto liberais como antiliberais - e pelos representantes da periferia geográfica, até se produzir uma autêntica "batalha pelo passado" que teria como um dos seus eixos principais a discussão sobre o papel histórico das regiões, e das suas diferentes tradições políticas e culturais, dentro do conjunto nacional.

During the reign of Isabel II (1843-1868), at a time in which the consolidation of the liberal revolution in Spain took place, historiography experienced an extraordinary upsurge, related both to the Romantic mentality of the time and to the need of legitimacy of the new liberal and national State. However, there was no general consensus among those who at the time formulated a global discourse about the past of the nation. The dominant interpretation, related to Spanish "moderantism" and to the centralizing guidelines of the State, came to be contested by other ideological perspectives - both liberal and anti-liberal - and by representatives of the geographical periphery. This gave rise to an authentic "battle for the past" that would have as one of its central themes the discussion about the historical role of the regions, and of their different cultural and political traditions, within the nation as a whole.