Uma cascata de metáforas

Abstract

Problematizing the theoretic and logic limits of a gramaticality imposed on discourse, this essay discusses different approaches to the signifying and the symbolizing processes. Metaphor being a function of the human spirit’s capacity to symbolize and represent, it is equally true that in every language − which is always a representation − the whole of human knowledge is inevitably based on metaphor. The ability to recognise this is the tragic moment of self realization which poetry acknowledges and struggles to give form to in a time that never remains.

Problematizando os limites lógico-teóricos de gramaticalidade impostos ao discurso, este ensaio debruça-se sobre diferentes abordagens dos processos de significação e de simbolização. Sendo a metáfora uma funcionalidade da capacidade de simbolização e de representação do espírito humano, não é menos certo que, em toda a língua − que é sempre representação − todo o conhecimento humano assenta inevitavelmente na metáfora. Reconhecê-lo é o momento trágico de autoconhecimento a que a poesia se esforça por dar forma num tempo que nunca permanece.