Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/42841
Title: Existência, ipseidade e ser em “ser e tempo” de Heidegger
Other Titles: Existence, ipseity and being in Heidegger’s “being and timeʼ'
Authors: Blanc, Mafalda
Keywords: existence;possibility;temporality;resoluteness;selfhood;existence;possibilité;temporalité;décision;soi;existência;possibilidade;temporalidade;resolução;ipseidade
Issue Date: 2016
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: O presente ensaio aborda o tema do estatuto ontológico do Si na Analítica existenciária de Heidegger. Uma introdução apresenta os principais antecedentes históricos do conceito, dando especial relevo ao existencialismo. A questão que coloca é a de saber se há e qual é o lugar da ipseidade numa doutrina que rejeita a ontologia do sujeito-substancial como algo que já sempre está presente à mão (Vorhandenheit). A resposta que se sugere é a de que, longe de a eliminar – como muitos dos nossos contemporâneos –, a filosofia de Heidegger propõe um outro modo, existencial e temporal, de entender a ipseidade. De acordo com o qual o Si não está dado previamente como um núcleo permanente, um pólo de predicados ou um centro de actos, mas resulta de um processo de livre constituição da existência como possibilidade – um projecto que, longe de ser solipsista, sempre ocorre no contexto da relação hermenêutica e dialógica do homem com o mundo e o ser em seu redor.
Cette étude a comme principal sujet le statut ontologique du Soi dans l’Analytique existenciale de Heidegger. Une introduction commence par présenter les principaux antécédents historiques du concept, en particulier l’existencialisme. Il s’ensuit la question de savoir s’il y a et quelle est la place du Soi dans une philosophie qui rejette l’ontologie du sujet-substanciel, entendu comme quelque chose qui est toujours déjà lá présente en face (Vorhandenheit). En réponse, nous soutenons l’idée que la pensée de Heidegger, contrairement à celle de plusieurs de ses succésseurs, n’élimine pas le Soi mais propose une autre manière, existenciale et temporelle, de le comprendre: non comme un donné préalable, un noyau permanent, un pôle de prédicats ou un centre d’actes, mais comme un processus de libre constitution de l’existence comme possibilité - un projet qui, loin d’être solipsiste, advient toujours dans le contexte de la rélation herméneutique et dialogique de l’homme avec le monde.
The subject of this essay is the ontological statute of the Self in Heidegger’s existential Analytics. An introduction presents the main historical antecedents of the concept, pointing out the immediate Heidegger’s predecessors, especially existentialism. The question he poses is if there is and what’s the place of selfhood in a doctrine that rejects the ontology of the substantial-subject as something that is always already present at hand (Vorhandenheit). The answer it proposes is that far from eliminate it – as many of our contemporaries –, Heidegger’s philosophy proposes another way, existential and temporal, of understanding selfhood. In accordance to which, the Self is not given previously as a permanent nucleus, a pole of predicates or a center of acts, but results from the process of free constitution of existence as possibility – a project that far from being solipsistic, always happens in the context of hermeneutical and dialogical relation of man to the world and being around him.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/42841
ISSN: 0872-0851
DOI: 10.14195/0872-0851_49_4
Rights: open access
Appears in Collections:Revista Filosófica de Coimbra

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
existencia__ipseidade_e_ser.pdf363.24 kBAdobe PDFThumbnail
  
See online
Show full item record

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.