Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/42994
Title: Europeus e asiáticos frente a frente: reciprocamente nos consideramos rústicos e incultos…
Other Titles: Europeans and Asians face to face: each other we consider ourselves rude and unlearned...
Authors: Miranda, Margarida
Keywords: XVIth century Humanism;travel literature;Europe;Japan;culture and morals;relativism;Humanismo;século XVI;literatura de viagens;Europa;Japão;cultura e Moral;relativismo
Issue Date: 2017
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/42974
Abstract: The De Missione Legatorum Iaponensium ad Romanam Curiam… dialogus, written in Latin by the Portuguese Jesuit Duarte de Sande (1590) and translated into Portuguese by Americo Costa Ramalho, is one of the most interesting works of travel literature. The vividness of the descriptions and the variety of anthropological insights are the result of a unique experience of globalization, an intercontinental travel endeavored in the sixteenth century with a clear missionary, cultural and political purpose. The protagonists did not hesitate to point out what they considered to be the main features of European identity, from both their Japanese viewpoint, and vice-versa, as regards religion, respect for human life, cultivation of the arts and sciences, respect for justice, law and administration, loyalty to the king, care for family relationships, splendor of the cities, houses' amenities ... And yet, with regard to mores and courtesy rules, the Japanese and the Europeans could not help but realizing a certain amount of relativity in the opinions from those who never traveled, wherefore “tudo medindo pela aparência e pelo uso da sua pátria.” Faced with the Asians, Europeans found themselves to be different as to culture and morals, while equal as to human nature.
O Diálogo De Missione Legatorum Iaponensium ad Romanam Curiam…, escrito em latim pelo jesuíta Duarte de Sande (1590) e traduzido para português por Américo Costa Ramalho, constitui uma das mais aliciantes obras de literatura de viagens do século XVI. A vivacidade das descrições que contem e a variedade das reflexões antropológicas que encerra são o resultado de uma viagem intercontinental de claros fins missionários, culturais e políticos, que realizou, no século XVI, uma experiência singular de globalização. Os seus atores não hesitaram em apontar para a posteridade o que consideravam ser os principais fatores de identidade da Europa frente ao Japão, nomeadamente a religião, o respeito pela vida humana, o cultivo das artes e das ciências, a Justiça do Direito e da administração, a lealdade aos reis, a proximidade das relações familiares, o esplendor das cidades, o conforto das habitações…Porém, em matéria de usos e costumes e de normas de cortesia, japoneses e europeus não podiam deixar de constatar a relatividade das opiniões de quem nunca viajou “tudo medindo pela aparência e pelo uso da sua pátria”. Frente a frente com os povos da Ásia, os europeus descobriram-se a si próprios, diferentes na sua cultura e nos seus costumes, mas iguais na sua humanidade.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/42994
ISBN: 978-989-26-1292-8
978-989-26-1293-5 (PDF)
ISSN: 2182‑8814
DOI: 10.14195/978-989-26-1293-5_19
Rights: open access
Appears in Collections:Legado clássico no Renascimento e sua receção: contributos para a renovação do espaço cultural europeu

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