Espanha, Agosto de 1936: Henrique Galvão enviado de Salazar à Guerra Civil

Abstract

No fim de Julho de 1936, logo no início da Guerra Civil de Espanha, Salazar quis saber, não apenas pelos jornais, mas por um seu homem de confiança, o então Capitão Henrique Galvão, o que se estava realmente a passar. Galvão está durante duas semanas no sul de Espanha, sob a capa de enviado do Diário da Manhã, a acompanhar uma das colunas dos sublevados, a do Comandante Castejón, e escreve sete cartas ou relatórios ao então chefe de gabinete do Presidente do Conselho, Antero Leal Marques dando conta do que ia vendo e emitindo algumas opiniões.

Fin juillet 1936, tout au début de la Guerre Civile d’Espagne, Salazar a voulu savoir, pas uniquement par les journaux, mais par l’un de ses hommes de confiance, l’alors Capitaine Henrique Galvão, ce qui se passait réellement. Pendant deux semaines, Galvão a accompagné dans le sud de l’Espagne, sous la couverture d’envoyé du Diário da Manhã, l’une des colonnes des soulevés, celle du Commandant Castejón, et écrit sept lettres ou rapports adressés à l’alors chef de cabinet du Président du Conseil, Antero Leal Marque en racontant ce qu’il voyait et émettant quelques opinions.

In late July 1936, at the beginning of the Spanish Civil War, Salazar wanted to know what was going on in Spain, not only through the newspapers, but from one of his trusted men, Captain Henrique Galvão. Galvão spent two weeks in the South of Spain, under the guise of Diário da Manhã’s envoy, to accompany one of the rebels’ groups, led by Commander Castejón, and thereafter wrote seven letters and reports to the then Chief of Staff of the President of the Council, Antero Leal Marques, reporting on what he saw and giving his opinion.