Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/46068
Title: A violência no logos: o surgimento da filosofia
Other Titles: The violence in logos: the emergency of Philosophy
Authors: Lima, Priscila Maria Leite de
Keywords: Philosophy;Logos;Violence;Modernity;Antiquity;Filosofia;Logos;Violência;Modernidade;Antiguidade
Issue Date: 2018
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/46063
Abstract: The philosophical reason - logos - is seen as able to oppose violence which appears externally. However, when reflecting on the horrors carried out by instrumental reason, the question that arises concerns the intrinsic relationship between logos and violence, from which results the generative evil of pain and suffering. Crossed by violence, logos shows itself not only violent but also violated. The debate about the violence inherent in logos has its place in the context of Modernity. Nevertheless, the philosophy had its beginnings in the context of Antiquity, being crossed by violence ever since. Our journey begins with the theoretical foundations developed by Modernity, from the study carried out by Strummiello, taking as references Hegel’s thought about the “domestication” of the negative, which ends valuing it inside the dialectical movement and, on the other hand, Weil’s thought clarifies that man, as rational animal, is always constituting himself in his rationality, fighting against the violence of his animality. A brief analysis of an excerpt from a Thucydides’s text remits the reflection to the Antiquity’s context, in which the modern categories are shown as indispensable tools for better understanding of the relationship between logos and violence. Finally, some considerations on the emergence of philosophy from violence corroborates the arracional character of the choice for logos and for violence, and the need to make the ethical option of the “economy of violence” by choosing the lesser evil, according to Derrida’s perspective, seeking possible peace.
A razão filosófica – logos – é vista como apta a se opor à violência que se apresenta externamente. Contudo, ao refletir acerca dos horrores levados a efeito pela razão instrumental, a questão que surge diz respeito à intrínseca relação entre logos e violência, da qual resulta o mal gerador de dor e sofrimento. Atravessado pela violência, o logos se mostra não apenas violento, mas também violado. O debate acerca da violência inerente ao logos tem seu lugar no âmbito da Modernidade. No entanto, a filosofia teve o seu início no contexto da Antiguidade, sendo atravessada pela violência desde sempre. Nosso percurso se inicia com a fundamentação teórica elaborada pela Modernidade, partindo do estudo realizado por Strummiello e tendo como referências o pensamento hegeliano acerca da “domesticação” do negativo, que finda por valorizá-lo no interior do movimento dialético e, por outro lado, o pensamento weiliano esclarece que o homem, como animal racional, está sempre se constituindo em sua racionalidade, lutando contra a violência de sua animalidade. Uma breve análise do excerto de um texto de Tucídides remete à reflexão ao contexto da Antiguidade, em que as categorias modernas mostram-se como instrumentos imprescindíveis para melhor compreensão da relação entre logos e violência. Por fim, algumas considerações sobre o surgimento da filosofia a partir da violência corrobora o caráter arracional da escolha pelo logos e pela violência, e a necessidade de se realizar a opção ética da “economia da violência” pela escolha do mal menor, segundo a perspectiva derridariana, visando a paz possível.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/46068
ISBN: 978-989-26-1584-4 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1585-1_4
Rights: open access
Appears in Collections:Estudos Clássicos IV: percursos

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