A diplomacia ao serviço do comércio: Macau no séc. XVII

Abstract

A elite macaense, no séc. XVII, pautou-se por um espírito autonomista que a levava a procurar soluções para os seus problemas imediatos. Característica que se enquadra na tipificação dos modelos de ocupação mercantilista/ /colonialista portuguesa dentro do quadro da expansão marítima. Distante dos órgãos de decisão portugueses, vivendo entre um estimulante comércio, ainda que por poucas décadas, e uma pressão constante, muitas vezes asfixiante, por parte do mandarinato regional, a sobrevivência do porto português deveu-se às medidas de recurso diplomáticas (oficiais e particulares) a que, constantemente, a comunidade mercantil deitava mão.

The Macanese elite had an autonomous attitude that led it to look for solutions to urgent problems. This is one of the apparent characteristics of the models of Portuguese mercantilist/colonialist occupation during the period of maritime expansion. Far away from the centres of Portuguese political power, this community had been engaging in stimulating trade with Japan and China, albeit for only a few decades, and had been subjected to an increasingly suffocating pressure from the local authorities in China. The survival of the Portuguese port was thanks to the diplomatic measures (official or private) that the elite constantly took.