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https://hdl.handle.net/10316.2/46797
Title: | Ir para a guerra/emigrar para o Brasil: dois cenários, duas realidades em Vila Nova de Famalicão | Other Titles: | Go to war/emigrate to Brazil: two scenarios, two realities in Vila Nova de Famalicão | Authors: | Paiva, Odete | Keywords: | World War I;Youth Emigration;Minho;Brazil;Guerra de 1914‑1918;Emigração de jovens;Minho;Brasil | Issue Date: | 2019 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/46793 | Abstract: | Minho was one of the regions where emigration to
Brazil, especially between the second half of the 19th century
and the outbreak of World War I, was an integral part of the
population’s standard of living. Years ago, the haemorrhage of
men before the age of military service was such that it gave
rise to great debates in the Press and in Parliament and led to
the production of legislation, which tried to prevent the exits
of the country. The existence of legislation in the liberal and
republican periods in stages marked by migration especially
to the Portuguese colonies in Africa, did not determine the change of a certain reality already established, i.e., the departure
of many pubescent boys whose nuclear family prepared
the trip so that they could leave before the military census.
Our study focuses on the current town of Vila Nova de Famalicão
which was until the 60th of last century, a village. Inserted
in the Minho region is an example of a locality in which
emigration to Brazil was sovereign and where it left marks.
Although in this locality there was, until the beginning of World
War I, a very significant departure of young men before the
required age for the military service, cases had in which the
family had to arrange strategies for the young person to leave
the country deceiving the law, since the age would no longer
allow it to go without a significant burden, that is, with a false
passport or other clandestine route. In analysing the military
census books, we are reminded of the volume of the exodus
from this mass of population, confirmed when we compile
other civil or ecclesiastical sources and cross them. Civil society
suffered with the war effort, just as in the rest of the country,
and the women constituted a movement to help the families
of the military who went to the theatre of operations. O Minho foi uma das regiões onde a emigração para o Brasil, sobretudo entre a segunda metade de Oitocentos e a eclosão da I Guerra Mundial, fez parte integrante do padrão de vida da população. Anos houve em que a hemorragia de homens em idade anterior à do cumprimento do serviço militar foi de tal monta que deu origem a grandes debates na imprensa e no Parlamento, conduzindo à produção de legislação reguladora, muita dela dissuasora da partida de Portugal. A existência de um corpus legislativo, tanto no período do liberalismo como da vigência de um estado de matriz republicana, em fases marcadas axialmente a favor da migração para as colónias africanas portuguesas, embora enformasse as práticas da população, não determinou a mudança de certa realidade já instituída, ou seja, a ida de muitos rapazes púberes cuja família nuclear lhes preparava a viagem para que eles pudessem partir antes do recenseamento militar. O nosso estudo tem como objeto a atual cidade de Vila Nova de Famalicão que foi até aos anos sessenta do século passado, uma vila. Inserida na região do Baixo Minho é protótipo de uma localidade em que a emigração para o Brasil foi soberana e onde deixou marcas. Conquanto nesta localidade fosse até ao início da Primeira Grande Guerra proporcionalmente muito significativa a partida de rapazes em idade anterior à exigida para o serviço militar, casos houve em que a família teve de arranjar estratégias para o jovem sair do país iludindo a lei, pois a idade já não permitia que fosse sem um ónus significativo, isto é, com passaporte falso ou outra via clandestina. Ao analisarmos os livros de recenseamento militar damo‑nos conta do volume do êxodo desta massa populacional, confirmado quando compulsamos outras fontes civis ou eclesiásticas e as cruzamos, por exemplo, registos dos atos vitais, róis de confessados e correspondência privada. A sociedade civil sofreu com o esforço de guerra, tal como no resto do País e as mulheres constituíram um movimento para ajudar as famílias dos militares que foram para o teatro de operações. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/46797 | ISBN: | 978-989-26-1632-2 (PDF) 978-989-26-1631-5 |
DOI: | 10.14195/978-989-26-1632-2_3 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | A Guerra e as Guerras Coloniais na África subsaariana |
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