Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/47546
Title: Caminhos de ferro portugueses na década de 1890: entre crença no progresso e pessimismo tecnológico
Other Titles: Portugueses railways in the 1890s: between a faith in progress and a technological pessimism
Authors: Pereira, Hugo Silveira
Keywords: crisis;technological fix;technological optimism;crise;technological fix;otimismo tecnológico
Issue Date: 2019
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: Na historiografia ferroviária nacional, a década de 1890 praticamente não é analisada criticamente, por se ter tratado de um período de forte retração no setor, que contrastou com os pesados investimentos feitos nos decénios anteriores, especialmente o de 1880. Neste artigo, proponho uma análise global desta época, abrangendo tanto o setor ferroviário da metrópole como o das colónias, uma vez que a situação de um não pode ser totalmente compreendida sem se conhecer a situação do outro. Realço a oposição entre a manutenção da crença no technological fix, característica da Regeneração e da classe engenheira nacional coeva, e um pessimismo tecnológico advindo das desilusões com os resultados do investimento ferroviário e com as companhias privadas estrangeiras que o agenciaram, e que atingiram o seu auge com o ultimato de 1890 e com a bancarrota parcial de 1892. Recorrendo aos debates mantidos no parlamento, a relatórios de engenheiros coevos e à literatura existente, explicito como, no final do período em estudo, a fé na tecnologia prevaleceu e conseguiu suplantar um grave momento de crise.
In the Portuguese railway historiography, the 1890s practically are not analysed critically, as a decade of retraction in the sector, which contrasted with the large investments made in the previous years, especially during the 1880s. In this paper, I propose a global analysis of that period, encompassing both the mainland and the overseas railway sector, as one cannot be fully understood without the other. I highlight the opposition between the faith in the technological fix, typical of the Regeneração and of the Portuguese engineers of the time, and a technological pessimism accrued from the feeling of disappointment with the results of the investment in railways and with the private companies that managed it that reached its peak with the British Ultimatum of 1890 and the partial default of 1892. I will read on parliamentary debates, technical reports and the existing state of the art to explain how, by the end of the 19th century, the faith in technology prevailed and managed to overcome a moment of severe crisis.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/47546
ISSN: 0870-4147
2183-3796 (digital)
DOI: 10.14195/0870-4147_50_5
Rights: open access
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