Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/47671
Title: O ser κατ’ ἐξοχήν e o lugar da religião na filosofia transcendental
Other Titles: Being κατ’ ἐξοχήν and the place of religion in transcendental philosophy
Authors: Utteich, Luciano Carlos 
Issue Date: 2019
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/47667 
Abstract: No final do trabalho conjunto entre Fichte e Schelling, cuja troca de correspondências é o melhor registro, constata-se em gérmen a transformação no pensamento filosófico de Fichte em sua abordagem do conceito do Absoluto. Essa modificação apontava para algo mais profundo, a saber, a reformulação da exposição cumulada na Doutrina da Ciência de 1804 (Segunda Exposição), na qual o conceito de Deus, como único ser κατ’ ἐξοχήν, para além de favorecer suprimir a etiqueta de idealismo da Doutrina da Ciência, passará a se mostrar ainda fundamento da Doutrina da Religião (1806), enquanto exposição popular da Doutrina da Ciência. Se Schelling percebeu nos anos 1802-3 os indícios desta mudança na concepção fichtiana, pelo fato de cada um se referir nas correspondências de modo distinto ao Absoluto (ou Deus), parece que ele não se ateve às consequências desta nova abordagem da Doutrina da Ciência, pois, graças ao conceito do Absoluto ou Deus como o único ser κατ’ ἐξοχήν, Fichte mostrou como a Doutrina da Ciência alcançou pairar sobre a oposição entre idealismo e realismo na filosofia, enquanto oposição que opunha a Filosofia transcendental e a Naturphilosophie. Nosso intuito é expor as circunstâncias dessa divergência a fim de explicitar em que sentido o conceito do Absoluto ou Deus como o único ser par excellence legitima o novo tipo de operação da razão transcendental proposta pelo segundo Fichte.
At the end of the joint work between Fichte and Schelling, whose exchange of correspondence is the best record, the transformation in Fichte’s philosophical thought in his approach to the concept of the Absolute is seen in germ. This modification pointed to something deeper, namely, the reformulation of the cumulative exposition in the Doctrine of Science of 1804 (Second Exposition), in which the concept of God, as the only being κατ’ ἐξοχήν, in addition to favoring the suppression of the label of idealism of the Doctrine of Science, will become even the basis of the Doctrine of Religion (1806), as a popular exposition of the Doctrine of Science. If Schelling perceived in the years 1802-3 the evidence of this change in the conception of Fichte, because each one refers in correspondence differently the Absolute (or God), it seems that he did not dwell on the consequences of this new approach to the Doctrine of Science, because, thanks to the concept of the Absolute or God as the only being κατ’ ἐξοχήν, Fichte showed how the Doctrine of Science managed to hover over the opposition between idealism and realism in philosophy as opposed to opposing transcendental philosophy and Naturphilosophie. Our intention is to expose the circumstances of this divergence in order to explain in what sense the concept of the Absolute or God as the only being par excellence legitimizes the new type of operation of transcendental reason proposed by the second Fichte.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/47671
ISBN: 978-989-26-1754-1 (PDF)
978-989-26-1753-4
DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-1754-1_3
Rights: open access
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