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https://hdl.handle.net/10316.2/4806
Title: | Os malefícios do tabaco na infância e na adolescência | Authors: | Fonseca, António Castro Simões, Maria da Conceição Taborda |
Keywords: | drug addiction;tobacco;nicotine;toxicomanie;tabac;nicotine;toxicodependência;tabaco;nicotina | Issue Date: | 2010 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | Embora a literatura científica sobre as consequências do consumo de tabaco
nos jovens e nos adultos seja, hoje em dia, consideravelmente extensa, ela é
bastante reduzida no que se refere a crianças e pré-adolescentes.
O objectivo deste artigo era examinar a evolução do consumo de tabaco,
desde a infância até ao fim da adolescência, devotando-se particular atenção
aos efeitos negativos do consumo de tabaco de início precoce. Adicionalmente,
serão também apresentadas e discutidas diversas informações
sobre a prevalência do consumo de tabaco e seus padrões de desenvolvimento
durante essas idades.
Para tal utilizaram-se dados de um estudo longitudinal em que participou
uma numerosa amostra de rapazes e raparigas da comunidade, que foi seguida
desde os primeiros anos do ensino básico até ao fim da escola secundária.
Os resultados mostraram que o consumo de tabaco, embora raro, já ocorria
nos primeiros anos de escolaridade, aumentando progressivamente com a
idade para se tornar um fenómeno muito frequente no fim da adolescência.
Além disso, os fumadores apresentavam mais problemas em quase todos
os domínios aqui analisados, designadamente comportamentos anti-sociais,
consumo de droga, problemas emocionais, fraco desempenho escolar e diversas
outras formas de psicopatologia. Mas a maioria dessas diferenças desaparecia,
uma vez controlados os efeitos de outros problemas da infância
(v.g. comportamento anti-social, problemas de atenção e hiperactividade).
Também não se encontraram diferenças sistemáticas entre fumadores de
início precoce e fumadores de início tardio.
Concluindo, as crianças e adolescentes que fumam parecem correr maiores
riscos de futuros problemas em vários domínios; todavia, em grande parte
esses efeitos negativos podem ser explicados por outros factores da infância
que, habitualmente, andam associados com o fumar de início precoce. La littérature scientifique sur les conséquences négatives du tabac chez les jeunes et les adultes est considérablement vaste ; mais elle reste assez réduite pour les enfants et adolescents. L’objectif de cette étude était examiner jusqu’à quel point ces jeunes fumeurs ont des risques accrus d´une évolution négative en plusieurs domaines de leur fonctionnement à la fin de l´adolescence. De plus, nous avons présenté des informations relatives aux taux de prévalence et tendances de consommation du tabac durant toute cette période. Pour cela nous utilisions des données d’une étude longitudinale, dans laquelle un large échantillon de garçons et de filles était accompagné dès l´école primaire jusqu’au lycée, à la fin de l’adolescence. Les résultats ont montré qu´il y avait des élèves qui fumaient déjà dans les premières années de l´école primaire, leur nombre augmentant avec l´âge, pour devenir un phénomène très fréquent à 17-18 ans. En outre, les fumeurs de début précoce présentaient plus de comportements antisociaux, consommation de drogue, problèmes émotionnels, difficultés scolaires et psychopathologie générale en comparaison avec leurs collègues non fumeurs. Par contre, la majorité de ces différences entre les deux groupes disparaissait, à l’exception de la consommation de tabac, quand on contrôlait les effets d’autres problèmes de l’enfance (v.g. comportement antisocial, problèmes d’attention/ hyperactivité). En conclusion, les individus qui fument du tabac ont plus de risques de souffrir des conséquences psychosociales négatives vers la fin de l´adolescence. Mais ces effets négatifs sont, de façon générale, mieux expliqués par d’autres facteurs de l’enfance associés à la consommation précoce de tabac. Although the negative effects of youth and adult smoking is well documented this issue has been less often addressed in childhood and adolescence. This study aimed at examining to which extent young people with early onset smoking were at increased risk of poor psychosocial outcomes in late adolescence. Additionally, extensive information was provided regarding prevalence rates and patterns of development of smoking throughout adolescence. The data came from a study, in which a large cohort of community children were followed up from elementary school until the time they were expected to graduate from secondary school. The outcome measures included emotional problems, delinquency and antisocial behaviour, substance use, educational achievement, satisfaction with life, family dynamics and general psychopathology. Results showed that cigarette smoking was already reported in elementary school and increased progressively across adolescence to become almost normative at the age of 17-18 years. Moreover, those with early onset smoking were at an increased risk of antisocial behaviour, substance use (including smoking), emotional problems, school difficulties as well as in several domains of psychopathology. However, most of these differences disappeared when we controlled for other problems such as antisocial behaviour and attention problems/hyperactivity reported by teachers in elementary school. No consistent differences were found between those with early onset smoking and late onset smoking. In short, young people who engage in early smoking seem at an increased risk of subsequent forms of maladjustment; but, with few exceptions, such adverse outcomes are better explained by other childhood factors. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/4806 | ISSN: | 1647-8614 | DOI: | 10.14195/1647-8614_44-1_9 |
Appears in Collections: | Revista Portuguesa de Pedagogia |
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