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https://hdl.handle.net/10316.2/89417
Title: | As potências da história na Doutrina do Estado de 1813 | Other Titles: | The driving forces of history in Fichte's Doctrine of the State of 1813 | Authors: | Ferrer, Diogo | Keywords: | Fichte;Philosophy of History;State Theory;Staatslehre 1813;Fichte;Filosofia da História;Doutrina do Estado | Issue Date: | 2019 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | This article addresses several assumptions and difficulties peculiar
to the transcendental philosophy of history, as set out in Fichte’s
last work on the subject, the Doctrine of the State (Staatslehre) of
1813. (1) A brief characterization of transcendental philosophy as a
theory of image underpins Fichte’s thesis that the legitimacy of the
State rests neither on the traditional, unexamined assumptions that
supports the inequality between men, nor on its mere utility for any
purpose, as the protection of property, for instance. On the contrary,
the State must be a “visible image” of ethical principles. (2) Fichte’s
interpretations of some of the major forces that move history, such
as Christianity, Revolution and Nation, are thus discussed, in order
to understand how the State fulfills its legitimate function in history.
(3) According to Fichte, the only legitimacy of the State and of the whole
legal order is to promote ethical freedom, which can only happen in
history through the promotion of education, leading thud to the free
acceptance of reason. (4) However, although the legitimacy of the
State is based on the promotion of education, the latter presupposes
an ethical disposition of humanity, produced by nature itself and
prior to any critical reflection. Fichte identifies this natural ethical predisposition with the family and the love relationship between
the sexes. (5) Finally, we study the general movement of history
as understood by Fichte. History is treated as a struggle between
social parties, one representing the unexamined belief, and the other
representing the critical and reflective understanding, leading finally
to a philosophically enlightened synthesis between the two. Este artigo discute diversos pressupostos e dificuldades próprias à filosofia transcendental da história, conforme exposta na última obra de Fichte sobre o tema, a Doutrina do Estado de 1813. (1) Uma breve caracterização da filosofia transcendental como teoria da imagem lança as bases para a tese de Fichte de que a legitimidade do Estado não deriva nem das representações tradicionais não examinadas que suportam a desigualdade entre os homens, nem da sua utilidade para quaisquer fins como a proteção da propriedade, por exemplo. Pelo contrário, o Estado deve ser uma “imagem visível” dos princípios éticos. (2) A fim de compreender o modo como o Estado realiza na história a sua função legítima, são expostas, a título de exemplos, as interpretações de Fichte de algumas das principais forças que movem a história, nomeadamente o Cristianismo, a Revolução e a nação. (3) Segundo Fichte, a única legitimidade do Estado e de toda a ordem jurídica é a de promover a liberdade ética, o que só pode acontecer na história através da promoção da educação, que conduz à livre aceitação da razão. (4) No entanto, se a legitimidade do Estado assenta na promoção da educação, esta última pressupõe já uma disposição ética da humanidade, produzida pela própria natureza e anterior a qualquer reflexão crítica. Fichte identifica essa predisposição ética natural com a família e a relação amorosa entre os sexos. (5) Finalmente, é estudado o movimento geral da história conforme entendido por Fichte. A história processa-se como uma luta entre partidos sociais representantes da crença não examinada, por um lado, e do entendimento crítico e reflexivo, por outro, devendo conduzir a uma síntese filosoficamente esclarecida entre os dois. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/89417 | ISBN: | 978-989-26-1754-1 (PDF) 978-989-26-1753-4 |
DOI: | 10.14195/978-989-26-1754-1_11 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | A filosofia da história e da cultura em Fichte |
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