Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/89441
Title: Phýsis e civilização em cena: Filoctetes de Sófocles
Other Titles: Phýsis and civilization on the stage: Sophocles’ Philoctetes
Authors: Santos, Fernando Brandão dos
Keywords: Philoctetes;Sophocles;phýsis;sophía;nature;civilization;Filoctetes;Sófocles;phýsis;sophía;natureza;civilização
Issue Date: 2019
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: The present study on the Philoctetes, composed by Sophocles, and staged in Athens in 409 a. C., points to a debate still open in modern societies, about how the intrinsic nature (phýsis) of Neoptolemus could be shaped to the sophía conveyed by the cunning Odysseus. The apparent contradiction between phýsis and sophía takes on greater proportions in this text and reveals more than the notion of an inherited nature, transmitted by blood from father to son, to give rise to an awareness of psychological and at the same time political issues about the decisions to be made according to a collective and/or an individual objective. In Philoctetes, it seems, Sophocles very effectively stages the consequences of what we now call “civilization”, a non-existent word in the Greek language of the fifth century BC, and demonstrates how the comfort of the way of life in community at the polis may have in its bosom the possibility of corruption of the character of the one who abandons his nature (phýsis) resulting in the tragic aporía experienced by Neoptolemus.
O presente estudo sobre o Filoctetes, composto por Sófocles, e encenado em Atenas em 409 a. C., aponta um debate, ainda aberto nas sociedades modernas, sobre como a “natureza” intrínseca (phýsis) de Neoptólemo poderia ser moldada ao “saber” (sophía) veiculado pelo astuto Odisseu. A aparente contradição entre phýsis e sophía toma proporções maiores neste texto revelando mais que a noção de uma natureza herdada, transmitida pelo sangue de pai para filho, para dar lugar a uma tomada de consciência de ordem psicológica e ao mesmo tempo política sobre as decisões a serem tomadas em função de um objetivo coletivo e/ou individual. No Filoctetes, parece-nos, Sófocles encena com muita eficácia as consequências daquilo que hoje chamamos “civilização”, palavra inexistente ainda na língua grega do século V a. C., e demonstra como o conforto de um modo de vida em comunidade na pólis pode ter em seu bojo a possibilidade da corrupção do caráter daquele que abandona sua natureza (phýsis) resultando na aporía trágica experimentada por Neoptólemo.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/89441
ISBN: 978‑989‑26‑1839‑5 (PDF)
978‑989‑26‑1838‑8
DOI: 10.14195/978‑989‑26‑1839‑5_5
Rights: open access
Appears in Collections:Casas, património, civilização: nomos versus physis no pensamento grego

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