Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/89538
Title: Filosofia aplicada e idealismo na Staatslehre de 1813
Other Titles: Applied philosophy and idealism in Fichte's Doctrine of the Sate (1813)
Authors: Cunha, João Geraldo Martins da
Keywords: Fichte;Idealism;Doctrine of Knowledge;Doctrine of the State;Applied Philosophy;Fichte;Idealismo;Doutrina da Ciência;Doutrina do Estado;Filosofia Aplicada
Issue Date: 2019
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: In this paper I analyze the meaning of the expression “applied philosophy” in Fichte’s conferences of 1813, known as the Doctrine of the State (1813) or Doctrine of the State or the relation between the original State and the realm of reason. Precisely, I would like to indicate the absolutely unusual sense that, from my point of view, this expression acquires here, at least, if it is considered in the light of the Kantian philosophical repertoire. Fichte's thesis seems to reverse a traditional scheme of modern reason to hold that the idea of freedom must be assumed as the element from which even “nature” can be thought of. This reassignment, or radicalization of the "practical primacy", seems to imply a complete change in the notion of "applied philosophy", in the precise sense that "application" and philosophical idealism become two sides of the same coin. In this regard, I test the following hypothesis. The rhetoric of these conferences, it seems, refers to the thesis that "idealism" – in the strict sense that Fichte intends to give this term – should not be read as an additional philosophical option: either one does philosophy and, therefore, this idealism is assumed, or philosophy is not made at all. In this way, which does not fail to unsettle the customary eyes of tradition, the "application" of philosophy is a moral life [SW, IV, 389]; but a moral life which must presuppose a strong notion of freedom which, in turn, can only be assumed by such an idealism.
Neste trabalho analiso o sentido que a expressão “filosofia aplicada” assume nas conferências que Fichte realiza em 1813, conhecidas como Doutrina do Estado de 1813, ou ainda, Doutrina do Estado ou da relação entre Estado originário e reino da razão. Mais exatamente, gostaria de indicar o sentido, a meu ver, absolutamente inusitado que esta expressão adquire aqui, pelo menos se considerado à luz do repertório filosófico delineado pelo kantismo. A tese de Fichte parece inverter um esquema tradicional da razão moderna para sustentar que a ideia de liberdade deve ser assumida como o elemento a partir do qual inclusive a “natureza” pode vir a ser pensada. Este remanejamento, ou radicalização do “primado prático” parece implicar uma completa alteração na noção de “filosofia aplicada”, no sentido preciso de que “aplicação” e idealismo filosófico tornam-se faces de uma mesma moeda. Em vista disso, neste ensaio é testada a seguinte hipótese. A retórica destas Conferências, ao que tudo indica, remete à tese de que o “idealismo” – e isso no sentido preciso que Fichte pretende dar a este termo – não deve ser lido como uma opção filosófica a mais: ou se faz filosofia e, portanto, se assume este idealismo, ou não se faz filosofia. Desta forma, o que não deixa de causar estranhamento aos olhos acostumados à tradição, a “aplicação” da filosofia é uma vida moral [SW, IV, 389]; mas uma vida moral que deve pressupor uma noção forte de liberdade que, por sua vez, só pode ser assumida por tal idealismo.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/89538
ISBN: 978-989-26-1754-1 (PDF)
978-989-26-1753-4
DOI: 10.14195/978-989-26-1754-1_8
Rights: open access
Appears in Collections:A filosofia da história e da cultura em Fichte

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