Protocolo de observação de morfologia dentária: sistematização de observações em contexto profissional e de formação académica

Abstract

In bioarchaeology, dental morphology centers on crown and root traits that are either present or absent and, when present, commonly exhibit a range of expression from slight to pronounced (e.g., shovel-shaped incisors, Carabelli’s cusp). Twin and family studies show these variables are determined primarily by genetic factors. Numerous population studies have demonstrated that nonmetric dental traits are powerful tools for inferring biological affinity among samples at the local, regional, and global levels. The goal of this work is to provide professionals and students with a list of 27 essential dental traits, which constitute the minimum number of variables to characterize skeletal or living samples’ dentitions. Additional recommendations beyond the ‘essential non-metric dental trait’ list focus on (a) methods of scoring occlusal wear, (b) the format of the dental morphological data base, (c) the basics of the individual count method, and (d) the importance of evaluating intraobserver error (scoring consistency).

Em bioarqueologia, a morfologia dentária centra-se em variáveis da coroa e da raiz que podem estar presentes ou ausentes e, quando presentes, frequentemente exibem variação na expressão, de ligeira a pronunciada. Estudos em gémeos e famílias demonstram que estes caracteres são predominantemente determinados por fatores genéticos. Numerosos estudos de populações demonstraram que os caracteres não-métricos dentários são ferramentas poderosas para aferir a afinidade biológica entre amostras ao nível local, regional e global. O objetivo deste trabalho é providenciar a profissionais ou estudantes uma lista de 27 caracteres dentários essenciais que constituem o número mínimo de variáveis para caracterizar as dentições de amostras esqueléticas ou vivas. Recomendações adicionais para além da “lista de caracteres não-métricos essenciais” focam-se em (a) métodos de registo de desgaste oclusal, (b) no formato da base de dados de morfologia dentária, (c) nas bases do método de contagem individual e (d) na importância de avaliar o erro intraobservador (ou consistência no registo).