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Title: Refugiados em Portugal: fronteira e vigilância no tempo da Guerra Civil de Espanha (1936‑1939)
Other Titles: Refugees in Portugal: frontier and vigilance at the time of Spanish Civil War (1936‑1939)
Authors: Faria, Fábio Alexandre
Keywords: Refugees;Spanish Civil War;Estado Novo;Spanish;Refugiados;Guerra Civil de Espanha;Estado Novo;Espanhóis
Issue Date: 2017
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: Em contexto de ditadura, instituída oficialmente em 1933, regime autoritário e receoso do contacto com o exterior, o poder viu-se confrontado com a entrada massiva de refugiados, consequência da Guerra Civil de Espanha (1936-1939) e da II Guerra Mundial (1939-1945). Com o início da Guerra Civil em Espanha, a 18 de julho de 1936, milhares de espanhóis, civis e militares, republicanos e franquistas, tentaram abandonar o país receando os perigos decorrentes do conflito. Portugal, pela sua proximidade geográfica, foi um país especialmente procurado pelos foragidos espanhóis como lugar de refúgio. Dada a na tur e z a do r egime , foi prioridade controlar e vigiar a entrada destes estrangeiros no país. Com esse objetivo, os postos fronteiriços de vigilância foram reforçados, especialmente nos primeiros meses do conflito espanhol, e estreitou-se a colaboração entre as diversas forças policiais portuguesas. Não obstante estas medidas, muitos espanhóis passaram a fronteira portuguesa clandestinamente e refugiaram-se no país, contando com o auxílio de portugueses e de outros espanhóis residentes em Portugal. Explora-se, neste artigo, a presença destes refugiados em Portugal e dá-se particular destaque à vigilância das fronteiras e às operações policiais desenvolvidas na região norte do país nos primeiros meses da Guerra Civil de Espanha, no sentido de controlar este fluxo.
In dictatorship context, officially established in 1933, authoritarian regime and afraid of contact with the outside, the rulers were faced with the massive influx of refugees from the Spanish Civil War (1936-1939) and World War II (1939-1945). With the outbreak of the Spanish Civil War on July 18, 1936, thousands of Spanish, civilians and military, republicans and franquistas, tried to leave the country fearing the dangers arising from the conflict. Portugal, because of its geographical proximity, was a country especially sought by Spanish fugitives as a place of refuge. Given the nature of the regime, it was priority to control and monitor the entry of these foreigners into the country. To this end, border surveillance posts were strengthened, especially in the first months of the Spanish conflict, and close collaboration was developed between the various Portuguese police forces. Despite these measures, many Spanish crossed the Portuguese border clandestinely and took refuge in the country, counting on the help of Portuguese and other Spanish residing in Portugal. This article explores the presence of these refugees in Portugal and highlights the border surveillance and police operations carried out in the north of the country in the early months of the Spanish Civil War to control this flow.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/43239
ISSN: 2183-3796 (digital)
0870-4147
DOI: 10.14195/0870-4147_48_3
Rights: open access
Appears in Collections:Revista Portuguesa de História

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