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Title: As competências linguísticas de Fernão Mendes Pinto e o seu uso do malaio
Authors: Thomaz, Luís Filipe
Keywords: Fernão Mendes Pinto;Peregrination;Malay;Oriental languages;Portuguese travelogues;Fernão Mendes Pinto;Peregrinação;literatura portuguesa de viagens;malaio;línguas orientais
Issue Date: 2009
Publisher: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Abstract: Fernão Mendes Pinto prima por um estilo impressionista ante litteram, de modo que a impressão que o seu leitor colhe é verosímil nos seus traços gerais, ainda que cada pormenor que fornece não seja necessariamente verídico. Um dos processos de que se serve para inculcar a dupla impressão de exotismo e autenticidade que pretende transmitir é dar a cada lugar, a cada pessoa e a cada coisa um nome, preocupação que o torna um precursor do verismo do século XIX. Seria inteiramente impossível que, no momento em que redigiu a Peregrinação, vinte ou trinta anos após as aventuras que narra, se recordasse de tamanha cópia de pormenores, pelo que é de assumir a priori que bastas vezes tenha recorrido à invenção. A análise lingüística dos nomes que fornece confirma plenamente essa presunção: resulta claro que tinha certos conhecimentos de malaio, língua de comércio dos mares do Arquipélago até ao sul da China, e é a ele que recorre para dar nome aos seus bois (por vezes correcto, por vezes verosímil, mas outras manifestamente erróneo), quer dentro da zona em que o malaio era utilizado quer mesmo fora dela.
Fernão Mendes Pinto uses a kind of impressionistic style that gives his reader an overall credible picture, although the details that he provides are not necessarily accurate. As his aim is to convey, at the same time, an impression of exoticism and authenticity, he always gives a name to each person, place or thing. Since his book Peregrination was written some 20 or 30 years after his adventures in the East, he obviously could not remember such a great number of names, and therefore it can be assumed that he was often led to invent them. The linguistic analysis of the names he uses confirms that he had some notions of Malay (which was used as vehicular language for commerce in the area from the seas of the Archipelago to the South China shores), and he resorts to it in creating names within the Malay World as well as outside of it.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/32760
ISSN: 0870-4112
DOI: 10.14195/0870-4112_7_13
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