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Title: A ruína e a memória reprimida como estilos da cidade moderna: os trabalhos de Gordon Matta-Clark
Authors: Pousada, Pedro
Keywords: Architecture;Contemporary art;Modernism;Ruin;Monument;Arquitectura;Arte Contemporânea;Modernismo;Ruína;Monumento
Issue Date: 2013
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: The present article sums up an ongoing research into an assorted group of site-specifi c objects developed by Gordon Matta-Clark (1943-1978). I turned my scope into the way his works advance a perception of urban isolation, voyeurism and physical bareness in the space-time conjuncture of late modernity. This article also argues that G.M-C interest on the concept of open building surgery and his extractive performance on the demise of a built environment explores the visual and semantic ambiguities that defi ne the two chief western culture approaches surrounding the appropriation and transformation of humanized space: one takes space as an abstract entity, a trope of geometry, a fi gure-ground relation, but in fact mediating it through western aesthetics, class differentiation, serialization, property laws and bureaucracy. The other approach assumes space as an anthropological and non-productive construction. A construction based on metaphorical processes and where poetic and visual analogies have their social and cultural returns. We can clearly contextualize as subjects of this dialectic the derivative non-objects that range from Bronx Floors (1973) to the Parisian site-specifi c Conical Intersect (1975).
O presente artigo resume uma investigação ainda em curso sobre um grupo variado de objetos site-specifi cs desenvolvidos por Gordon Matta-Clark (1943- -1978) entre 1973-1978. O meu interesse foca-se no modo como os seus trabalhos artísticos percepcionam e problematizam temas como o isolamento, o voyeurismo e o vazio urbano na conjuntura espaço temporal da modernidade tardia. Coloco também a hipótese de que o interesse de GM-C pela abertura cirúrgica de superfícies em edifícios abandonados, que o seu desempenho extractivo em torno da morte de um ambiente construído pretende dialectizar as ambiguidades visuais e semânticas que defi nem as duas principais concepções ocidentais de apropriação e transformação do espaço humanizado: uma que compreende e trabalha o espaço como uma entidade abstracta, como um tropo da geometria cartesiana, uma relação fi gura-fundo desligada da história, mas que na verdade se defi ne historicamente como uma concepção mediada e construída pela estética ocidental, pela diferenciação de classes, pela serialização e pelas leis da propriedade e da burocracia. A outra abordagem confi gurando o espaço como uma construção antropológica e improdutiva. Uma construção fundada em processos metafóricos e onde a poética do sensível e as analogias visuais têm a sua retroactividade social e cultural. Podemos contextualizar como agentes dessa dialéctica o seu corpo de trabalho posicionado entre os Bronx Floors (1973) e o site-specifi c parisiense Conical Intersect (1975).
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/35516
ISSN: 0870-4112
DOI: 10.14195/0870-4112_11_18
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