Quem tem medo da crítica de arte?

Abstract

A tentativa de definição da «nova» disciplina, da sua importância, função e situação face à estética, história da arte e sociologia; as questões de mercado; a impossibilidade de conceber uma história da arte que não seja crítica, a interdependência disciplinar num território metodológico onde ganha dimensão uma concepção antropológica da cultura, a abertura a outros campos de saber preconizada pela «nova crítica», a tentativa de lançar as bases para a profissionalização da crítica de arte, são alguns dos aspectos discutidos pelos críticos durante a década de sessenta e que serão alvo da nossa análise nesta reflexão.

La tentative de définition de la «nouvelle» discipline, de son importance, fonction et situation vis-à-vis l'esthétique, l'histoire de l'art et la sociologie, les questions du marché; l'impossibilité de concevoir une histoire de l'art qui ne soit pas critique, l'interdépendance disciplinaire dans un domaine méthodologique où la conception anthropologique de la culture prend du relief, l'ouverture à d'autres domaines du savoir préconisée par la «nouvelle critique», la tentative de lancer les bases de la professionnalisation de la critique de l'art, voici quelques aspects discutés par les critiques pendant les années soixante et qui seront l'object de notre analyse.

An attempt to define the «new» discipline, its importance, purpose and connection with aesthetics, art history and sociology; market issues; the impossibility of perceiving art history without criticism, disciplinary interdependence in a methodological territory where the anthropological view of culture gains terrain, openness to other fields of knowledge led by «new criticism», the attempt to lay the foundations for the professionalization of art criticism; these are some of the issues discussed by art critics during the sixties, which we shall focus on in our reflection.