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Title: O “fascismo de mercado” ataca: é urgente “derrubar definitivamente o estado-providência” (Milton Friedman)
Other Titles: “Market fascism” attacks: the pressing need to “overturn the welfare state once and for all” (Milton Friedman)
Le “fascisme de marche” attaque: il est urgent d' “abattre definitivement l'etat-providence (Milton Friedman)
Authors: Nunes, António José Avelãs
Keywords: Welfare State;neoliberalism;loyal management of capitalism;guarantor State (guarantee State);the Washington consensus;systemic crime;Etat social;néolibéralisme;gestion loyale du capitalisme;état garantisseur (état garantie);consensus de Washington;crime systémique;Estado social;neoliberalismo;gestão leal do capitalismo;estado garantidor (estado garantia);consenso de Washington;crime sistémico
Issue Date: 2013
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: O A. analisa as condições em que, no seio do capitalismo, surgiu o estado social, no quadro de várias soluções de compromisso utilizadas para salvar o capitalismo, sem recurso às soluções nazi-fascistas. Detém-se na explicação dos fundamentos económicos do estado-providência de matriz keynesiana e explica depois as circunstâncias em que, a partir do início da década de 1970, se assistiu à vitória da contra-revolução monetarista, que contaminou os partidos socialistas e sociais-democratas da Europa e marcou decisivamente o processo de integração europeia, tendo culminado com a substituição do consenso keynesiano pelo chamado consenso de Washington. Ao caraterizar a última máscara do estado capitalista (o estado garantidor ou estado garantia) o A. chama a atenção para o fundo totalitário do neoliberalismo, que pretende liquidar o estado social (falsamente acusado de inviabilidade financeira), para abrir portas à caridade, considerada o mais desejável de todos os meios para aliviar a pobreza. A concluir, sublinha os perigos para a democracia resultantes do “fascismo de mercado” neste nosso mundo comandado pelo grande capital financeiro especulador (a “sida da economia mundial”, o crime sistémico).
A. analyse les conditions dans lesquelles, au sein du capitalisme, a surgit l’état social, dans le cadre de plusieurs solutions de compromis utilisées pour sauver le capitalisme, sans recourir aux solutions nazifascistes. Il approfondit l’explication des fondements économiques de l’état-providence à matrice keynésienne et explique ensuite les circonstances dans lesquelles, à partir du début de la décennie de 1970, on a assisté à la victoire de la contre-révolution monétariste, qui a contaminé les partis socialistes et sociaux-démocrates de l’Europe et a marqué de façon décisive le processus d’intégration européenne, ayant abouti à la substitution du consensus keynésien par le dénommé consensus de Washington. En caractérisant le dernier masque de l’état capitaliste (l’état garantisseur ou l’état garantie) A. attire l’attention sur le fonds totalitaire du néo-libéralisme, qui veut liquider l’état social (faussement accusé d’inviabilité financière), afin d’ouvrir les portes à la charité, considérée le plus désirable de tous les moyens afin de soulager la pauvreté. Pour conclure, il souligne les dangers pour la démocratie advenant du “fascisme de marché” dans notre monde commandé par le grand capital financier spéculatif (le “sida de l’économie mondiale”, le crime systémique).
The A. analyses the context in which, within capitalism, the welfare state arose in the framework of several compromise solutions used to save capitalism, without resorting to Nazi-fascist solutions. He focuses on the development of the economic grounds of Keynesian-type welfare State and explains the circumstances of the victory, from the early 1970s, of the monetary counter-revolution, which contaminated the socialist and social-democratic parties in Europe and left a permanent mark in the European integration, ending with the replacement of the Keynesian consensus by the so-called Washington consensus. By characterising the ultimate mask of the capitalist State (the guarantor State or the guarantee State) the A. highlights the totalitarian essence of neo- -liberalism, which intends to annihilate the welfare State (falsely accused of financial impracticability), and in turn open the doors to charity, deemed the most desirable of all means of relieving poverty. In brief, he highlights the dangers for democracy arising from “market fascism” in our World lead by speculative financial capital (the “aids of the World economy”, the systemic crime).
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/36796
ISSN: 1645-3530
1647-8622 (digital)
DOI: 10.14195/1647-8622_13_3
Appears in Collections:Revista Estudos do Século XX

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