Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/38524
Title: Jean Cocteau e a filha de Édipo
Other Titles: Jean Cocteau and Oedipus’ daughter
Authors: Fialho, Maria do Céu
Keywords: Cocteau;Antigone;avant-garde;Picasso;Honegger;aesthetic resistence;Cocteau;Antígona;avant-garde;Picasso;Honegger;resistência estética
Issue Date: 2015
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Annablume Editora
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/38520
Abstract: Written in Cocteau’s youth, Antigone represents an intention to update the Classics where provocation is not entirely absent. Reacting against the formality of performances within the framework of the Comédie Française, Cocteau opts for a ‘poor’ text, reduced to its minimum. This controversial proposal raised qustions in France on how best to update the Classics. Cocteau used his own personal experience to deepen his relationship with classical texts. Greek theatre and myth became incorporated into his own language.
A Antígona, da juventude de Cocteau, representa um programa de actualização dos clássicos não isento de provocação. Reagindo contra as formais representações da Comédie Française, Cocteau propõe um trabalho sobre o texto dramático de modo a obter um texto ‘pobre’, reduzido ao nervo, no contexto final, em cena, de um teatro total, em que o elemento musical e cénico (guarda-roupa) apresentam igual peso no espectáculo. A polémica instalada com a representação de Antígona teve a virtude de converter em questão do tempo, no rico e variado panorama da França de início dos anos 20, ‘como actualizar os Clássicos’ – o que viria a dar fruto, nos anos subsequentes, com propostas diversas de vários autores. Também Cocteau, reflectindo sobre a sua própria experiência, passando por vivências- limite, com a perda de Radiguet, o ópio, a proximidade e fascínio do ‘outro lado do espelho’, do anjo da morte, parente dos anjos rilkeanos, aprofundou a sua relação com os clássicos: o teatro grego e o mito passam a ser linguagem dessa sua mundividência, num teatro original, onde se cruzam referências culturais várias, a construir a grande metáfora dramática. Em La machine infernale, de inspiração livre em Rei Édipo e tocada por Édipo em Colono, Édipo, cego, sai para o exílio, no final da peça, acompanhado por duas vozes que se sobrepõem – a fantasmática, de Jocasta, e a de Antígona, que só se faz ouvir neste final. Tudo se passa como se, freudianamente, o ciclo de atracções incestuosas dos Labdácidas se perpetuasse.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/38524
ISBN: 978-989-26-1110-5
978-989-26-1111-2 (PDF)
ISSN: 2182‑8814
DOI: 10.14195/978-989-26-1111-2_4
Rights: open access
Appears in Collections:Antígona: a eterna sedução da filha de Édipo

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