Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/40643
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dc.contributor.authorCaetano, Lucília-
dc.date.accessioned2016-12-18T23:11:39Z
dc.date.accessioned2020-09-22T07:11:50Z-
dc.date.available2016-12-18T23:11:39Z
dc.date.available2020-09-22T07:11:50Z-
dc.date.issued1993-
dc.identifier.issn0871-1623-
dc.identifier.issn2183-4016 (digital)-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316.2/40643-
dc.description.abstractApós a década de 70, a "industrialização" das periferias apresenta-se como uma trajectória de desenvolvimento, na qual intervém: - a reestruturação da indústria transformadora a nível técnico (organização dos processos de produção/segmentação , relações inter-indústrias e inter-firmas) e ao nível do espaço (localização/deslocalização). - a competitividade entre firmas, estimulando a transferência das unidades de produção para territórios não metropolitanos, com a preocupação de atingir custos de produção mais baixos; - factores estruturais ligados às mutações económicas e tecnológicas das sociedades industrializadas: desindustrialização e condições de mercado de trabalho; - estratégias endógenas de desenvolvimento envolvendo agentes inovadores, mobilização de poupanças, valorização de recursos locais e sistemas de incentives de âmbito nacional ou local. Na sequência da intervenção destes processos, dois cenários são possíveis: - "industrialização" dependente do exterior e fundamentada em sectores industriais exportadores baseados, sobretudo, em vantagens de custos salariais; - "industrialização" sustentada/modelo milagre italiano. De comum apresentam, no geral, tipologia industrial tradicional e estagnante que assenta em mão- de-obra banalizada, essencialmente feminina e jovem, apoiando-se, com frequência em trabalho ao domicílio/clandestino. Neste contexto, a economia portuguesa segue um modelo de desenvolvimento paralelo ao da região periférica mediterrânea. Esta "industrialização" foi acelerada após a adesão de Portugal à CEE (actual UE) mediante o acréscimo do investimento directo estrangeiro. O litoral foi, particularmente, privilegiado ao beneficiar de 82,5% do capital investido. E, deste modo, se reforça a litoralização da economia. Ou seja, características controversas que questionam sobre o futuro, próximo, da "industrialização" de Portugal e que, simultaneamente, agravam as disparidades regionais.por
dc.description.abstractDepuis les années 70, l'industrialisation des régions périphériques se présente comme une issue au développement, dans laquelle intervient: -la restructuration de l'industrie au niveau technique (l'organisation des procédés de la production/ segmentation, des relations interindustries et interfirmes) et au niveau de l'espace (localisation/ relocalisation). - la compétitivé entre des firmes entraîne le déplacement des usines vers des territoires non-métropolitains; la principale préoccupation est de limiter les côuts de production. - les facteurs structuraux liés aux mutations économiques et technologiques des sociétés industrialisées: désindustrialisation et des conditions du marché du travail. -des stratégies endogènes de développement impliquant des agents innovateurs, la mobilisation de l'épargne, la valorisation des ressources locales et des systèmes de stimulation d'ordre national et local. La participation de ces processus permet l'identification de deux modèles d'industrialisation: - un modèle dépendant de l'extérieur et s'appuyant sur certains secteurs industriels exportateurs bases, essentiellement, sur les avantages des côuts salariaux. - un modèle d'industrialisation de type "miracle italien". En général, ces modèles présentent des caractéristiques communes: typologie industrielle traditionnelle et stagnante que repose sur une main-d’œuvre banalisée et essentiellement féminine et jeune, recourant fréquemment au travail à domicile/clandestin. Dans ce contexte, l'économie portugaise suit un modèle de développement parallèle à celui de la région périphérique méditerranéenne. Cette "industrialisation" a été accélérée par l'adhésion du Portugal à la CEE moyennant l'accroissement de l'investissement direct étranger. La zone littorale est nettement privilégiée puisqu'elle bénéficie de 82,5% du capital investi par les étrangers. On renforce ainsi la littoralisation de l'économie portugaise. C'est ainsi que ces caractéristiques controversées mettent en cause l'avenir prochain de "l'industrialisation" du Portugal et on constate, en même temps l'accroissement des disparités régionales.fra
dc.description.abstractAfter the 1970's, the "industrialization" of the peripheries appeared as a trajectory of development in which the following were involved: - the restructuring of the manufacturing industry at the technical level (organization of production/fragmentation processes, inter-industry and inter-firm linkages) and at the level of location; -competition among firms, stimulating the transfer of production units to non-metropolitan areas, aiming at lower production costs; - structural factors connected to the economic and technological changes of industrialized societies: deindustrialization and labor market conditions; - endogenous development strategies involving innovative agents, savings mobilization, valorization of local resources, and national or local systems of incentives. Following the intervention of these processes, there are two possible scenarios: - an "industrialization" dependent on outside investment, comprising industrial export sectors based mainly on advantages of salary costs; - an "industrialization" after the Italian-miracle model. In general terms, they both present the typical characteristics of a stagnating traditional industry, based on essentially unqualified young female labor, and depending frequently on domestic/illegal work. In this context, the Portuguese economy follows a model of development parallel to that of the Mediterranean peripheral region. This "industrialization" developed faster after Portugal's entry into the EEC, due to the increase of direct foreign investment. The coastal regions were particularly privileged, benefiting from 82.5% of the invested capital. Thus, the littoralization of the economy was reinforced. That is to say, these are controversial characteristics which put in question the near future of "industrialization" in Portugal, and which simultaneously worsen regional disparities.eng
dc.language.isopor-
dc.publisherFaculdade de Letras da Universidade de Coimbra-
dc.rightsopen access-
dc.subjectIndustrialization of peripheral areaseng
dc.subjectmodel of industrial development in Portugaleng
dc.subjectstrategy of firmseng
dc.subjectperipheral regionseng
dc.subjectL'industrialisation des territoires périphériquesfra
dc.subjectmodèle de développement industriel au Portugalfra
dc.subjectstratégie des firmesfra
dc.subjectrégions périphériquesfra
dc.subjectIndustrialização dos territórios periféricospor
dc.subjectmodelo de desenvolvimento industrial em Portugalpor
dc.subjectestratégia das firmaspor
dc.subjectregiões periféricaspor
dc.title"Industrialização" dos territórios periféricos: contradições do processo: o caso de Portugalpor
dc.typearticle-
uc.publication.collectionCadernos de Geografia nº 12-
uc.publication.firstPage13-
uc.publication.issue12-
uc.publication.lastPage24-
uc.publication.locationCoimbra-
uc.publication.journalTitleCadernos de Geografia-
dc.identifier.doi10.14195/0871-1623_12_2-
uc.publication.orderno2-
uc.publication.areaCiências Sociais-
uc.publication.manifesthttps://dl.uc.pt/json/iiif/10316.2/40643/232603/manifest?manifest=/json/iiif/10316.2/40643/232603/manifest-
uc.publication.thumbnailhttps://dl.uc.pt/retrieve/11471386-
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