Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/40871
Title: Caminhos da retomada do Ceticismo Antigo no Pensamento Moderno
Other Titles: Trajectories of the rediscovery of Ancient Scepticism in Modern Thought
Authors: Marcondes, Danilo
Keywords: Ancient and modern scepticism;Popkin;Patristic;Ceticismo antigo e moderno;Popkin;Patrística
Issue Date: 2016
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Annablume
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/40836
Abstract: According to Richard Popkin, the rediscovery of ancient philosophy in modern thought opened the way to a new form of scepticism which he considers characteristic of modernity, sceptical fideism. This has been contested by a number of historians of philosophy. I turn to a neglected author, the humanist Guillaume Budé, who in his later work criticized the humanistic revival of the Classics as a threat to Christianity. Budé refers to the transition from Hellenism to Christian thought in Late Antiquity as importing philosophical questions into religious thought and thus provoking a conflict of doctrines inherited from philosophy. This argument allows us to show a parallel between early Christian thought and the religious conflicts in the sixteenth century, as well as to consider the revival of Patristic thought in the Renaissance as an important source for the knowledge of Classical philosophers, among them Pyrrhonians and Academics.
Richard Popkin mostrou que a retomada do ceticismo antigo no período moderno levou à formulação de um ceticismo moderno, distinto do ceticismo antigo. Uma dessas características em seu período inicial foi o que Popkin denominou “ceticismo fideísta”, consistindo no uso de argumentos céticos para problematizar os limites da razão, abrindo assim caminho para a fé. Essa discussão é particularmente importante no contexto da Reforma e da Contra-Reforma. Alguns historiadores da filosofia contestam porém a centralidade que Popkin atribui ao ceticismo nesse contexto e questionam a própria concepção de um ceticismo fideísta. Recorrendo ao humanista Guillaume Budé procuro mostrar que este pensador defende um tipo de fideísmo, atacando o recurso aos clássicos, inclusive ao ceticismo e ao estoicismo. Pode-se ver aí a influência de pensadores cristãos do Helenismo, os apologistas e representantes da patrística do período ante-nicêncio, que, relidos no início do período moderno, permitem um paralelo entre as controvérsias do início do Cristianismo e as do século XVI. Além disso, os textos dos apologistas e da patrística são também fonte de transmissão da filosofia cética através de referências a estes filósofos. Proponho assim uma leitura que favorece a interpretação de Popkin sobre o início do ceticismo moderno.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/40871
ISBN: 978-989-26-1287-4
978-989-26-1288-1 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1288-1_11
Rights: open access
Appears in Collections:Cosmópolis: mobilidades culturais às origens do pensamento antigo

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