Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/41344
Title: Considerações sobre a máquina narrativa
Other Titles: Critical considerations on narrative machine
Authors: Babo, Maria Augusta
Keywords: Narrative machine;event;distance;production of meaning;Máquina narrativa;acontecimento;distanciamento;produção de sentido
Issue Date: 2017
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/41340
Abstract: The narrative is a machine to propose meaning to experience, to events from life. It is a semiotic machine because it generates sense; it produces meaning over the real world. As a machine, it includes a set of components that give narrative status. If it is true that the narrative machine requires a disruptive event is also true that it removes the event its contingency character to refer to the logic of causality and the ultimate goal – the narrative closure caused by the end. In its open expression, the narrative includes a judgment of reflective nature. The narrated incorporates a judgment that, at the same time, takes a distance from the world and interprets it; it evaluates the world that it produces. Thus, it can be concluded that between fictional narratives and factual narratives there is no difference from the point of view of the configurator device. The question will be put, differently, in terms of the possibility to mention the world. Question that we pretend to discuss here.
A narrativa é uma máquina de conferição de sentido à experiência, ao vivido, ao acontecimento. É uma máquina semiótica na medida em que o seu funcionamento gera sentido, é produtor de sentido sobre o real. Enquanto máquina, ela integra um conjunto de componentes que lhe conferem estatuto narrativo. Se é certo que a máquina narrativa exige um acontecimento disruptivo também é certo que ela retira ao acontecimento o seu carácter de contingência para o remeter à lógica da causalidade e da finalidade última — a clausura narrativa provocada pelo desenlace. Na sua expressão mais aberta, a narrativa comporta um juízo de natureza reflexiva. O narrado incorpora um juízo que ao mesmo tempo se distancia do mundo e o interpreta, avalia esse mundo que fabrica. Assim pode concluir-se que entre narrativas ficcionais e a narrativas factuais não há diferenças do ponto de vista do dispositivo configurador. A questão colocar-se-á, antes, ao nível da possibilidade ou não de referir o mundo. Questão que aqui se pretende discutir.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/41344
ISBN: 978-989-26-1323-9
978-989-26-1324-6 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1324-6_3
Rights: open access
Appears in Collections:Narrativa e Media: géneros, figuras e contextos

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