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https://hdl.handle.net/10316.2/45156
Title: | Democracia com sofistas | Other Titles: | Democracy with soph ists | Authors: | Ribeiro, Luís Felipe Bellintani | Keywords: | democracy;sophists;materialism;relativism;democracia;sofistas;materialismo;relativismo | Issue Date: | 2018 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/45144 | Abstract: | Since the birth of democracy in antiquity, its corruption has been criticized.
The target of this criticism was established early on: the sophists. The plot is
well-known: the democratic polis engendered the need for the knowledge of
speaking in the assembly and in court; and the sophists presented themselves as
teachers of this art, focusing only on the element of persuasion and not on truth
– indeed, the origin of moral decay. We have thereby carelessly endorsed the
idealization of the signifier "democracy" with an aristocratic trait with its traditional
moralistic rancidity. Instead, it may be exactly in the legacy of the ancient sophists
that we can trace the meaning of this broad term, democracy. In fact, it was in
the scope of the sophists' thoughts that the following arguments emerged: the
difference between nature and convention, the natural equality of Greeks and
barbarians, the unnatural character of slavery, the irreducibility of the political
domain to that of technique, the link between pedagogy and politics, the
problematic character of language beyond its apparently banal status of the
representation of the real, the limited character of human knowledge, agnostic
restr ict ion in the face of dogmat ic convict ion, the inevitable ir rupt ion of
contradictory speeches and the relativity of religious, moral and aesthetic values. Desde o nascimento da democracia na antiguidade que se reclama em paralelo de sua própria corrupção. Cedo foram nomeados os espantalhos a encarnar o alvo dessa crítica: os sofistas. Bem conhecido é o enredo: a polis democrática engendrou a necessidade de saber falar na assembleia e no tribunal e os sofistas se apresentaram como professores dessa arte, preocupando-se apenas com o elemento de convencimento, e não com a verdade, donde, al iás, a decadência moral. E assim endossamos inadvertidamente a idealização de cunho aristocrático do significante “democracia”, com seu tradicional ranço moralista. Mas talvez, ao contrário, seja no legado dos sofistas antigos que haveremos de rastrear sentido para este significante. Afinal foi no âmbito do pensamento sofístico que surgiram os argumentos da diferença entre natureza e convenção, da igualdade natural de gregos e bárbaros, do caráter não-natural da escravidão, da irredutibilidade do domínio político ao da técnica, do vínculo entre pedagogia e política, do caráter problemático da linguagem para além do seu estatuto aparentemente banal de representação do real, do caráter humano e limitado de todo conhecimento, da reserva agnóstica perante a convicção dogmática, da irrupção inevitável do contraditório e da relatividade dos valores religiosos, morais e estéticos. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/45156 | ISBN: | 978-989-26-1678-0 | DOI: | 978-989-26-1679-7 (PDF) 10.14195/978-989-26-1679-7_15 |
Rights: | open access |
Appears in Collections: | A poiesis da democracia |
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