Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/45162
Title: Sob o signo de Chronos e Kairós: a narração do tempo em Lobo Antunes
Other Titles: Under the sign of Chronos and Kairós: the narration of time in Lobo Antunes
Authors: Prevedello, Prevedello
Keywords: Chronos;Kairos;time;narrative;Lobo Antunes;Chronos;Kairós;tempo;narrativa;Lobo Antunes
Issue Date: 2018
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: The literary project of António Lobo Antunes includes, among the many peculiarities of his romanesque technique, the production of fi ctional meanings that question the temporal linearity. The purpose of this study is to analyze, in the novel I shall love a stone, how the organization of time is articulated under the sign of Chronos and Kairos. In the interpretative scope are considered the hermeneutic formulations of Paul Ricoeur, explained, especially, in Time and narrative. For Ricoeur, the act of reading is responsible for effecting the text, because in historiographic production, as in literature, this action concretizes an intentionality that is based on the refi guration of time, common to history and fi ction. The representation of historical time confi gured in the narrative of I shall love a stone employs elements that Ricoeur calls “connectors of time lived and of universal time”, represented by instruments such as the calendar, the idea of the sequence of generations, the documentary-photographic archive and the vestiges. The examination of the text, not in the sequential order conformed by the graphical and physical formatting of the book object, but from the perspective of an (im)possible linearization of historical time, from an inaugural landmark, or founding event, which refers to the beginning of the episodes of this fi ction and allows the hypothetical assignment of “dates” to events, shows awareness of the destructive time for what subsists is the erosive force of the succession of days in relation to objects and individuals.
O projeto literário de António Lobo Antunes engloba, entre as muitas peculiaridades de sua técnica romanesca, a produção de sentidos ficcionais que O projeto literário de António Lobo Antunes engloba, entre as muitas peculiaridades de sua técnica romanesca, a produção de sentidos ficcionais que questionam a linearidade temporal. O propósito do presente estudo é analisar, no romance Eu hei-de amar uma pedra, a forma como a organização do tempo está articulada sob o signo de Chronos e Kairós. No âmbito interpretativo são consideradas as formulações hermenêuticas de Paul Ricoeur, explanadas, sobretudo, em Tempo e narrativa. Para Ricoeur o ato de ler é o responsável pela efetuação do texto, pois tanto na produção historiográfica, quanto na literatura, essa ação concretiza uma intencionalidade que tem por base a refiguração do tempo, comum à história e à ficção. A representação do tempo histórico, configurado na narrativa de Eu hei-de amar uma pedra, utiliza elementos que Ricoeur denomina “conectores do tempo vivido e do tempo universal”, mediados por instrumentos como o calendário, a ideia da sequência de gerações, o arquivo documental-fotográfico e os vestígios. O exame do texto, não na ordem sequencial conformada pela formatação gráfica e física do objeto livro, mas sob o viés de uma (im)possível linearização do tempo histórico, a partir de um marco inaugural, ou evento fundador, que remete ao início dos episódios dessa ficção e permite a hipotética atribuição de “datas” aos acontecimentos, mostra a consciência do tempo destruidor, pois o que subsiste é a força erosiva da sucessão dos dias em relação aos objetos e indivíduos.questionam a linearidade temporal. O propósito do presente estudo é analisar, no romance Eu hei-de amar uma pedra, a forma como a organização do tempo está articulada sob o signo de Chronos e Kairós. No âmbito interpretativo são consideradas as formulações hermenêuticas de Paul Ricoeur, explanadas, sobretudo, em Tempo e narrativa. Para Ricoeur o ato de ler é o responsável pela efetuação do texto, pois tanto na produção historiográfica, quanto na literatura, essa ação concretiza uma intencionalidade que tem por base a refiguração do tempo, comum à história e à ficção. A representação do tempo histórico, configurado na narrativa de Eu hei-de amar uma pedra, utiliza elementos que Ricoeur denomina “conectores do tempo vivido e do tempo universal”, mediados por instrumentos como o calendário, a ideia da sequência de gerações, o arquivo documental-fotográfico e os vestígios. O exame do texto, não na ordem sequencial conformada pela formatação gráfica e física do objeto livro, mas sob o viés de uma (im)possível linearização do tempo histórico, a partir de um marco inaugural, ou evento fundador, que remete ao início dos episódios dessa ficção e permite a hipotética atribuição de “datas” aos acontecimentos, mostra a consciência do tempo destruidor, pois o que subsiste é a força erosiva da sucessão dos dias em relação aos objetos e indivíduos.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/45162
ISSN: 2182-1526
2183-847X (PDF)
DOI: 10.14195/2183-847X_8_11
Rights: open access
Appears in Collections:Revista de Estudos Literários

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
sob_o_signo_de_chronos_e_kairos.pdf313.21 kBAdobe PDFThumbnail
  
See online
Show full item record

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.