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https://hdl.handle.net/10316.2/45231
Title: | De “caldos esforçados” e “receitas para doentes”. Culinária e Saúde no Portugal Moderno (sécs. XVI e XVII) | Other Titles: | From “reinforced broths” to “recipes for patients”. Culinary and Health in Modern Portugal (16th and 17th century) | Authors: | Gomes, João Pedro | Keywords: | Food;Formal Medicine;Popular Medicine;cookbooks;Health;Alimentação;Medicina formal;Medicina popular;receituários;Saúde | Issue Date: | 2018 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/45206 | Abstract: | Food appears, from Hippocrates and Galen, inseparable from health
and well-being, in a relationship based on the formulation of the Humor Theory and
on the properties of foodstuffs capable of controlling and reorganizing “humoristic” dysfunctions, the source of physical ills. Practically unchanged during the medieval
period, the indivisible system of Food-Health shows a latent separation between
the two fields of from the fourteenth century onwards, which is accentuated in
the sixteenth and seventeenth centuries. Rather than highlighting the relationship
between food and medicine during the sixteenth and seventeenth centuries in the
Portuguese metropolitan area, the focus of this study is on the daily perspective of
this relationship: from “reinforced broths” present in cookbooks to the diet regimens
prescribed by doctors and the consumption of certain foods and cooked dishes known
for their healing properties and/or force restorers, it is at the crossroads of different
typologies that it is possible to perceive the passage from formal medical practices
and knowledge to everyday life, in what is beginning to be defined as a popular
medicine, characterized by the use of certain types of diets and foods whose main
purpose would be to restore strength to the patient and, in certain cases, alleviate
the symptoms of the disease. A Alimentação aparece, desde Hipócrates e Galeno, indissociável da saúde e do bem-estar corporal, numa relação que se alicerçava na formulação da Teoria dos Humores e nas propriedades dos géneros alimentares passíveis de controlar e reorganizar disfunções “humorísticas”, fonte dos males físicos. Mantida praticamente inalterada a matriz hipocrático-galénica no período medieval, verificase a partir do século XIV uma latente distinção entre o campo da Alimentação e da Saúde que se acentua nos séculos XVI e XVII. Mais que evidenciar a relação entre Alimentação e Medicina durante os séculos XVI e XVII no espaço metropolitano português, importa dar especial foco à perspetiva quotidiana dessa relação: dos “caldos esforçados” presentes nos livros de receitas aos regimes de alimentação prescritos por médicos, passando pelo consumo de determinados alimentos e preparados alimentares, popularmente conhecidos pelas suas propriedades curativas e/ ou restituidoras de força. É no cruzamento de fontes de diversas tipologias que é possível perceber a passagem das práticas e conhecimentos médicos formais para o quotidiano, no que começa a definir-se como uma medicina de cariz popular, caracterizada pela utilização de determinados tipos de dietas e de alimentos cujo objectivo principal seria o de restituir a força ao doente e, em determinados casos, atenuar os sintomas da doença. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/45231 | ISBN: | 978-989-26-1718-3 978-989-26-1721-3 (PDF) |
ISSN: | 2183-6523 | DOI: | 10.14195/978-989-26-1721-3_4 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | Mesas luso-brasileiras: alimentação, saúde & cultura. vol. I |
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