Family archives, the archival practices of noble families, and the social logic of archival preservation: (Portugal, fifteenth to nineteenth centuries)

Abstract

This paper analyzes the social logic of archival preservation by studying the evolution of the main archival practices developed by noble families in Portugal between the fifteenth and the nineteenth centuries. This analysis is divided into two parts: in general terms, the first part focuses on the meanings and functions assigned to the archives by families, highlighting in particular the problems that must be taken into account so as to avoid fragmented and incomplete interpretations of the social role of archives and archival preservation; the second part examines some of the main archival practices carried out by noble groups, and attempts to clarify the organic relationship between the social evolution of families and the evolution of the archives themselves.

Neste texto pretende-se pensar a lógica social da conservação documental a partir dos arquivos de família, avaliando a evolução das principais práticas arquivísticas de grupos familiares da média nobreza não titulada em Portugal entre os séculos XV e XIX. A análise divide-se em duas partes. Na primeira focam-se, em termos gerais, os significados e funções atribuídos aos arquivos pelas famílias e sublinham-se, em particular, os problemas que devem ser tidos em conta quando se avaliam esses significados e funções de forma a evitar leituras fragmentadas e incompletas sobre o papel social dos arquivos e da conservação documental. Na segunda parte examinam-se algumas das principais práticas arquivísticas dos grupos nobres, procurando tornar clara a relação orgânica que se estabeleceu entre a evolução social das famílias e a evolução dos próprios arquivos.