Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/42146
Title: Caricatura e fisiognomica: Annibale Carracci e l’autoritratto del 1604
Other Titles: Caricature and physiognomy: Annibale Carracci's 1604 self-portrait
Authors: Cuozzo, Gianluca
Keywords: Form;physiognomy;painting;matter;caricature;double;Forma;fisiognomica;pittura;materia;caricatura;doppio;Forma;fisiognomia;pintura;matéria;caricatura;duplo
Issue Date: 2017
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Filosóficos
Abstract: Que relação se dá entre um auto‑retrato e a definição da sua identidade? O auto‑retrato de Annibale Carracci de 1604 (agora em exposição no Museu do Hermitage) parece representar o processo doloroso da auto‑formação do sujeito reproduzido em tal pintura, no contraste de um fundo escuro e indistinto. Representa na tela o instante em que o eu começa a existir sob o peso da matéria. Neste contexto, a questão do mal torna‑se o verdadeiro tema da arte de Annibale, uma temática que ele tinha já amplamente explorado nas suas caricaturas, nomeadamente no gosto pela deformação dos rostos humanos. Destes rostos emerge a memória do Outro do sujeito, do Id, e do duplo satânico do próprio pintor, todos imersos numa matéria desordenada e disforme. A ligeira distorção do rosto que remete para tal elemento de gravidade torna‑se assim numa verdadeira ferramenta de análise psicológica, uma análise em que a teoria da forma artística, a filosofia e a fisionomia convergem.
What is the relationship between a self‑portrait and the definition of one’s identity? Annibale Carracci’s 1604 self‑portrait (now on exhibition at the Hermitage Museum) seems to represent the painful process of self‑formation of the subject portrayed against a dark and indistinct background. It portrays the instant the self comes into existence, under the weight of matter. In this context, evil becomes the real subject of Carracci’s art, a theme he extensively explored in his caricatures, especially in his witty distortions of human faces. From these faces emerges the memory of the Other, of the Id, and of the painter’s satanic double, all of which are still buried in the tumultuously magmatic matter. Thus, the light distortion of the face, a reminder of matter’s heaviness, becomes a tool of psychological analysis, an analysis where artistic form, theory, philosophy, and physiognomy converge.
Che rapporto c’è tra un autoritratto e la definizione della propria identità? L’autoritratto di Annibale Carracci del 1604 (ora esposto all’Hermitage), pare rappresentare il processo tormentoso dell’autoformazione del soggetto ritratto a partire da uno sfondo di oscurità e indistinzione, momento iniziale del Sé su cui grava il peso della materia. Il tema del male, qui, diviene il vero oggetto dell’arte di Annibale, che già era giunto a tema nel suo gusto per la caricatura e la deformazione scherzosa dei volti ritratti: da essi emerge la memoria dell’Altro dal soggetto, l’Es, il doppio satanico dello stesso pittore, ancora immerso nella materia tumultuosa e senza forma. La lieve deformazione del volto, nel suo rimandare a quell’elemento di grevità, diviene così un vero e proprio strumento di analisi psicologica, analisi che sta giusto al punto di convergenza tra teoria della forma artistica, filosofia e fisiognomica.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/42146
ISSN: 0872-0851
DOI: 10.14195/0872-0851_51_3
Rights: open access
Appears in Collections:Revista Filosófica de Coimbra

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
caricatura_e_fisiognomica.pdf2.47 MBAdobe PDFThumbnail
  
See online
Show full item record

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.